Leio na mídia que o Governo convocará mais 650 suplentes do último concurso para a Polícia Militar.
O objetivo é engrossar as fileiras da "briosa".
Nada contra, muito antes pelo contrário.
Quanto mais PM na rua - e não em desvio de função - melhor.
Ocorre que a história nos ensina que não é volume que ganha guerra. Nesse caso, guerra contra a violência.
Se volume ganhasse guerra, a França não teria saido vergonhosamente da Indochina. Nem os EUA do Vietnã. Nem o Rio estaria perdendo a guerra do tráfico.
De que adianta colocar mais 650 PMs na rua se eles não têm veículos específicos para seu serviço? E quando têm, a gasolina é racionada?
Se suas armas não são apropriadas?
Se eles não têm uma base, um suporte de Inteligência que lhes coordene a ação? Uma Inteligência com recursos humanos e materiais que norteie as estratégias e táticas no combate ao crime?
Se não há rigor na punição aos excessos de alguns PMs fora-da-lei, o que contamina a ação dos outros?
Se não há rigor na punição aos excessos de alguns PMs fora-da-lei, o que contamina a ação dos outros?
Se a politicagem impede o desenvolvimento de políticas de segurança que sejam do Estado, ultrapassando os governos e se confundindo com o futuro?
A luta contra o crime, dizem os especialistas, é uma luta de inteligência. O mais é consequência.
E, por fim, que fique claro: se o problema da segurança, assim como o da educação e o da saúde não é somente do Rn, isso apenas significa que em todos os lugares - do Brasil - há um deserto de idéias. E de outra coisas.
Um comentário:
Honório,
Em entrevista recente, o chefe de organização criminosa - Marcola - afirmou que já leu cerca de 2 mil livros na cadeia. Cita Dante em suas respostas.
Veja como as forças de segurança estão em desvantangem.
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