quinta-feira, 30 de abril de 2015

O RESULTADO DA POLÍTICA ECONÔMICA GOVERNAMENTAL

* Honório de Medeiros

Resultado da política econômica governamental: “O Brasil está vivendo o mais severo ciclo de desaceleração econômica em mais de duas décadas, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório “Perspectiva Econômica Regional: Hemisfério Ocidental”, divulgado na tarde desta quarta-feira em Santiago do Chile.” Posso elencar as desculpas do Governo: 1) crise global; 2) o FMI é de direita; 3) a culpa é de Fernando Henrique; 4) o FMI não interpretou corretamente as estatísticas. Enquanto isso as vantagens que as bolsas esmolas trouxeram se desfazem ao sabor do aumento da inflação.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O PROCESSO CIVILIZATÓRIO

* Honório de Medeiros

Talvez seja falsa a noção de que é possível, coletivamente, e conscientemente, construirmos valores que norteiem um processo civilizatório semelhante àquele que sempre evocamos quando voltamos nossos olhos para a história em busca de entendimento e orientação, qual seja a civilização grega, o senso de “Arete” que perpassa a vida do cidadão ateniense, sua “Paidéia”, como magnificamente nos mostra Péricles, em sua “Oração aos Mortos na Batalha de Maratona”, preservada por Tucídedes.

O olhar crítico acerca desse preâmbulo há de apontar, de início, duas falhas: a fragilidade da mundivisão ateniense que não resistiu aos próprios conflitos internos e a Alexandre, o Grande; e a impossibilidade daquela experiência sublime ter sido resultado de qualquer planejamento, mas, sim, de fatores tão circunstanciais quanto, por exemplo, para o surgimento da filosofia, a especial qualidade e característica da língua grega.

A tais críticas é possível responder dizendo que não se trata de repetir, por igual, tamanho feito. Isso seria impossível. Trata-se, no entanto, de fazer sobressair o aparato tecnológico construído pelo homem ao longo dos séculos colocando-o à disposição de uma política da Sociedade – nunca de Governo – que deliberadamente, envolvendo todos, construa, firmemente, esses pilares onde se fulcra uma civilização pela qual tenhamos orgulho e respeito.

Caso contrário as piores previsões possíveis de serem construídas a partir das teorias que sobreviveram à passagem do século XX para o XXI irão se concretizar e nós, ao contrário do que pensava Karl Popper ao combater tenazmente a idéia de determinismo histórico ao qual estaríamos subjugados mesmo que com certa liberdade limitada, estaríamos marchando a passo batido para o caos – esse limite último da entropia – ou para o resultado possível da seleção natural, que como sabemos não tem finalidade moral em seu percurso a ser encontrado em um planeta Terra esgotado pelo que dela se tirou sem qualquer cuidado: o fim da espécie humana.

Catastrófico? Talvez. Possível? Com certeza.

Coincidentemente o mundo volta seus olhos, apavorado, para a Terra e os transtornos climáticos e catástrofes naturais que estão acontecendo cada vez mais freqüentemente. Já há trabalhos científicos demonstrando ser insuportável continuar extraindo, do nosso planeta, e da forma como é feita, sua riqueza natural.

Desmatamentos, degelos, extinção de espécies, extração de riquezas do subsolo, dizimação de florestas, aquecimento global – parece não haver fim para tudo quanto o homem possa fazer nessa empreitada de autodestruição.

Se não abrirmos os olhos, não construirmos um novo pacto civilizatório que deixe para trás o modelo ao qual temos nos aferrado ao longo de nossa existência, não haverá por que não dar razão aos Cátaros, aqueles hereges dizimados pela Igreja Católica medieval, que diziam ser o mundo da matéria uma criação do mal.

domingo, 26 de abril de 2015

DO TEMPO DO HOMEM


"O tempo do homem não é o conhecimento. É a sobrevivência. Conhecer das coisas foi atividade dos desocupados, artistas ou filósofos, a serviço do poder ou contra os poderosos."

Da fina lavra de François Silvestre. Leia o restante no Blog do François Silvestre.