sábado, 26 de setembro de 2015

A SOMBRA DE JARARACA

* Honório de Medeiros

POR QUE JARARACA PEDIU A UM POLICIAL, NA TARDE QUE ANTECEDEU SUA MORTE, PARA FALAR EM PARTICULAR COM O CORONEL RODOLPHO FERNANDES?

O quê Jararaca queria conversar em particular com o Coronel? Por que ele foi assassinado na noite seguinte ao pedido? Há alguma relação entre um fato e outro?

Façamos um intervalo e nos dediquemos a analisar o episódio da morte de Jararaca, que é bastante revelador.

Sérgio Dantas nos conta, acerca do episódio, o seguinte:

(...) "no mesmo dia em que fora preso, Jararaca concedera bombástica entrevista ao jornalista Lauro da Escóssia, do noticiário “O Mossoroense”. Não mediu palavras."

Mais a frente, continua o historiador:

"Jararaca pisou em terreno minado. Logo percebeu que tornara pública parte de uma teia intocável. Suas incisivas declarações puseram em dúvida a probidade moral de destacados chefes políticos de estados vizinhos. A repercussão das declarações, claro, fora inevitável. Decerto, o bandido temeu pela própria vida. Pressentira algum perigo. Chamou um militar, ainda cedo da tarde. Expressou-lhe o desejo de falar em particular com o Intendente Rodolpho Fernandes. O pedido, no entanto, lhe foi negado sem maiores explicações. A caserna tinha outros planos para o cangaceiro. À surdina, ensaiou conspiração. Tramaram abjeto extermínio e apostaram no sigilo. Sem mais demora executou-se o plano."

Em tudo e por tudo está certo Sérgio Dantas. 

Somente errou ao afirmar que as declarações de Jararaca puseram em dúvida apenas a probidade moral de chefes políticos de estados vizinhos e por essa razão temeu pela própria vida.

Não colocou Jararaca em dúvida somente a probidade moral de alguém fora dos limites de Mossoró ou circunvizinhança. Por certo sabia que esses chefes políticos tinham amigos poderosos em Mossoró e vizinhança. Colocou sim, provavelmente, em dúvida, a probidade moral de alguns próceres que estavam próximos, bem próximos ao Coronel Rodolpho Fernandes e aos fatos. 

Como seria possível as declarações de Jararaca chegarem ao Ceará, se a alusão for ao Coronel Izaías Arruda, com a rapidez necessária para que ele, ao perceber que falara demais, ficasse com medo de morrer? Naquele tempo não havia telefone. Havia telégrafo, que não estava funcionando no sentido do Sertão, danificado pelo bando de Lampião.

Quem, no entanto, enviaria informações comprometedoras pelo telégrafo e, através dele, discutiria um plano para a eliminação do cangaceiro que envolvesse a Polícia, comandada pelo Tenente Laurentino de Morais e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte? Não parece óbvio que se houve o plano, necessariamente também houve a participação de quem pudesse mobilizar, no Rio Grande do Norte, em Mossoró, essas instituições?

Também não seria possível enviar, a cavalo ou de automóvel, notícias alusivas à entrevista de Jararaca para os estados vizinhos, em tempo suficiente – cinco dias - para que houvesse uma decisão acerca de sua eliminação pela Polícia do Rio Grande do Norte. 

Não. O que Jararaca disse e o que queria dizer ainda mais ao Coronel Rodolpho Fernandes provavelmente incomodou alguém ou alguns que estavam por perto, perto o suficiente para querer, planejar, decidir, e mandar mata-lo. Atribuir tudo isso ao Coronel Izaías Arruda é dar a ele um interesse e poderes que vão além do razoável.

Finaliza o pesquisador Sérgio Dantas: 

“Jararaca sucumbira. Morreu porque sabia demasiado.” 

A seguir:

“Findou o terrível salteador nas primeiras horas da manhã. Sua morte, entretanto, já havia sido decretada há dias. O laudo do exame cadavérico, por exemplo, fora assinado ainda na tarde do dia dezoito. E assim foi. Horas antes da execução e sob escuso pretexto de rotina, examinavam-se ferimentos de um corpo, sofridos durante uma batalha. Logo depois se chancelava, com base em conclusões médico-legais, documento de óbito de homem ainda vivo.”

FONTES:

“LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE”; DANTAS, Sérgio Augusto de Souza; Cartgraf – Gráfica Editora; 2005; 1ª edição; Natal; RN.

domingo, 20 de setembro de 2015

HISTÓRIA DE UMA BUSCA

* Honório de Medeiros

As noites da minha infância, quando em férias, excetuando duas oportunidades nas quais uma prima distante que morava conosco me levou para o Sertão, foram passadas na Praia de Tibau, na mesma casa onde meus pais viveram sua lua-de-mel e provavelmente me conceberam. Eram noites típicas do nosso verão litorâneo, com muito vento e pouquíssimas nuvens, frio mais intenso quanto mais tardia se fizessem as horas, todas estas passadas à luz do lampião de gás no alpendre que nos agasalhava e no qual eu ficava entre dormitando e acordado, medroso com a escuridão, acompanhando de relance as figuras que o bruxuleio da luz desenhava nas paredes e ouvindo as conversas dos adultos.

Para lá eu ia como companhia oficial de Tia Liliosa tão logo chegassem os primeiros dias de janeiro. Nessa época o centro de poder familiar era plenamente exercido por Tio Ezequiel[1], irmão de minha avó materna, líder da família e homem considerado muito rico para os padrões de então. Ele era o principal quotista de Alfredo Fernandes Indústria e Comércio, uma empresa com sede em Mossoró e correspondente comercial até mesmo em Londres, que se dedicava, principalmente, ao beneficiamento de algodão. Nele me impressionava o distanciamento que sabia impor sem elevar a voz e seu vagão de trem permanentemente guardado em um galpão imenso vizinho ao escritório central da Firma, para ser usado em seus deslocamentos até o Sertão, nas suas férias anuais, em julho, Fazenda João Gomes, latifúndio encravado nas proximidades de Marcelino Vieira, cuja casa-grande foi construída por ancestrais nossos oriundos de Martins[2].

Era, então, no entorno de Tio Ezequiel, que a família se reunia quando ele ia a Tibau, para a casa de seu sobrinho Chico Sena[3], passar o final-de-semana. Conversava-se debaixo do alpendre a respeito de tudo: a vida, a morte, a seca, a invernada, a carestia, a fartura, a política, mas a noite sempre terminava com alguma história da família Fernandes, principalmente os episódios vividos por Tio Childerico na Amazônia, mais precisamente no Acre, ou Tio Childerico, o “Novo”, e seu encontro com o bando de Lampião[4]. Naquela época Tio Childerico “Velho” já era lenda aqui e na Amazônia. As histórias que se contavam a seu respeito diziam respeito a anos passados no meio da selva sem qualquer contato com a civilização, convivência com índios desconhecidos de hábitos indescritíveis, riquezas fabulosas amealhadas com a venda de borracha, quilômetros e mais quilômetros de terras adquiridas e perdidas em um passe de mágica, boa parte delas contadas por Calazans Fernandes em sua obra “O Guerreiro do Yaco”, primeiro volume do que se espera seja uma trilogia romanceada de sua vida[5]. Quanto a Tio Childerico “Novo”, sua história era recente e mais singela: dizia respeito à passagem do bando de Lampião, após o ataque frustrado a Mossoró, pela propriedade “Veneza”, gerenciada por ele e pertencente a um parente próximo. E dizia respeito à atitude de um cangaceiro, por nome Massilon, de quem Tia Bebela, esposa de Tio Childerico “Novo” se valera para proteger seus filhos, principalmente Fernando Fernandes, recém-nascido, das torturas que lhe infligia “Menino de Ouro”. Massilon fora, no dizer de Tia Bebela, seu “anjo-da-guarda”.

Ainda por outra razão minha relação com o cangaço é bastante antiga: nasci e cresci à sombra da Igreja de São Vicente, a igreja da “bunda redonda”, brinquei, assisti missa, novena de Santo Antônio, sem perder o contato com as marcas que o combate contra Lampião deixou em suas paredes e torre. Na mesma rua onde nasci e me criei e onde ainda hoje moram meus pais, em seu final, número 85, ali onde a Francisco Ramalho termina, do lado direito de quem vai e com a Igreja de São Vicente a sua esquerda, fica a casa onde Tio Ezequiel, Tio Chico Sena, que na época tinha dezesseis anos, e alguns empregados de Alfredo Fernandes, montaram resistência armada aos invasores[6]. Cenário bastante conhecido por mim e que me valeu uma nota 10, muitos anos depois, quando fazendo um trabalho escolar em cartolina, apresentei, junto com meus colegas de grupo, uma maquete no qual se vislumbrava como tinha acontecido a invasão de Mossoró e a posterior fuga dos cangaceiros.

Em 1977, ano do cinqüentenário do combate, foi inaugurada a Escola 13 de Junho tendo como sede, ironicamente, a casa que ficava exatamente no extremo oposto à de Tio Ezequiel. Minha mãe fora nomeada sua primeira Diretora e naquelas festividades conheci o primeiro ex-cangaceiro vivo: Asa Branca. Mas somente anos depois, graças a dois acontecimentos distintos embora relacionados, resolvi sair em busca de Massilon. O primeiro deles foi uma conversa em tom de brincadeira com o jornalista Jânio Rêgo, amigo de infância, acerca de um artigo que ele lera no Jornal “O Mossoroense”, escrito por Aléxis Gurgel, e que inovava quanto ao suposto motivo real que tinha levado Massilon a empreender seu projeto relativo à Mossoró[7]. E o segundo foi conhecer e me tornar amigo de Kydelmir Dantas e Paulo Gastão, o primeiro Presidente, à época, da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC, e o segundo um dos maiores pesquisadores, acerca desse tema, no Brasil.

A essa confluência de acontecimentos se agregou o interesse de sempre acerca da história da minha família materna, da qual é momento precioso, segundo minha avaliação, desde a fundação de Martins até a resistência oposta por Rodolpho Fernandes à Lampião[8], passando pela luta de Agostinho Pinto de Queiroz[9], as aventuras de Childerico Fernandes, o Guerreiro do Yaco, a história política do interventor Rafael Fernandes, dentre outros, bem como os episódios conhecidos ou aqueles obscuros e nebulosos que ainda não vieram à luz relacionados com 1927 em Mossoró. E se agregou também, como algo que latejava permanentemente em minha memória, o fascínio pela história desse “cangaceiro” obscuro, valente, sem o qual, com absoluta certeza, jamais teria havido a invasão de minha terra natal.

Por todos esses motivos surgiu o livro "MASSILON".



[1] Na residência de Ezequiel Fernandes de Souza houve uma trincheira na luta contra Lampião em Mossoró. Tio Ezequiel, que havia sido pai recentemente, viu sua esposa, Ester, ser acometida da febre puerperal que a vitimou, em decorrência da invasão. Informação de sua sobrinha Francisca Ida Fernandes Marcelino, irmã de minha mãe, casada com José Marcelino de Oliveira e cunhada do médico João Marcelino, o mesmo que tratou de Jararaca em Mossoró.

[2] Em 1742 FRANCISCO MARTINS RORIZ, morador da Ribeira do Jaguaribe, fundou no alto da serra uma fazenda de criar e plantar, a qual daria origem ao povoado que tomou seu nome: Martins. Lembra Manoel Onofre Jr. (“MARTINS, A CIDADE E A SERRA”; Editora Sebo Vermelho; 3ª. Edição; Natal, Rn; 2005) que a origem da Capela à margem da Lagoa dos Ingás e em torno da qual a povoação cresceu está envolta em lenda: Reza a tradição que a esposa de Francisco Martins, desapareceu de casa sem deixar vestígio. Desesperado, Martins fez uma promessa a Nossa Senhora da Conceição: se achasse a mulher – viva ou morta – mandaria construir no local do achamento uma capela em honra daquela santa. Pois, logo mais era localizado, bem à margem da lagoa, o corpo da mulher do sertanista, já em estado de putrefação. E Martins cumpriu o voto, mandando erigir a capela ali mesmo. A primogênita de FRANCISCO MARTINS RORIZ, falecido em 1786, MARIA GOMES DE OLIVEIRA MARTINS, casou-se com MATHIAS FERNANDES RIBEIRO, nascido pela década de 50 do século XVIII, na freguesia de São João Batista da Vila de Princesa (atual Açu, Rn), filho do imigrante português vindo do Porto MANOEL FERNANDES (ver Revista nº 102, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, volumes XVIII e XIX, dos anos 1920 e 1921) e JOANNA MARTINS DE LACERDA, esta, por sua vez, filha de FRANCISCO COSTA PASSOS e VIOLANTE MARTINS, citados na obra “POVOAMENTO E POVOADORES DO CARIRI CEARENSE, de Joaryvar Macedo, conforme nos lembra João Bosco Fernandes (“MEMORIAL DE FAMÍLIA”; Halley S.A. – Gráfica e Editora; 1ª. Edição; 1994). Do casamento nasceu, em 1778, MARIA JOSÉ DO SACRAMENTO, que casaria com DOMINGOS JORGE DE QUEIRÓZ E SÁ. Por sua vez deste casamento nasceu, dentre outros, JOSÉ FERNANDES DE QUEIRÓZ E SÁ, que se consorciou com MARGARIDA GOMES DA SILVEIRA, os quais geraram CHILDERICO JOSÉ FERNANDES DE QUEIRÓZ. Do casamento de CHILDERICO JOSÉ FERNANDES DE QUEIRÓZ (falecido em 4.2.1890) com GUILHERMINA FERNANDES MAIA nasceu FRANCISCA FERNANDES DE QUEIRÓZ MAIA, que se casou com HIPÓLITO CASSIANO DE SOUZA (1863-1937). Este casamento originou MARIA EMÍLIA FERNANDES DE SOUZA (1887-1956), que consorciada com OSÓRIO BERNARDINO DE SENA, gerou ALDEIZA FERNANDES DE SENA MEDEIROS, mãe do Autor, casada com FRANCISCO HONÓRIO DE MEDEIROS. Sou, portanto, da nona geração desde Francisco Martins Roriz.

[3] Francisco Fernandes de Sena estava na trincheira de seu tio, Ezequiel Fernandes de Souza. Tinha 16 anos. Foi Interventor em sua terra natal, Pau dos Ferros, RN.

[4] Childerico Fernandes de Souza (1889-1978), filho de Francisca Fernandes de Souza e Hipólito Cassiano de Souza. Nos primeiros anos do século XX foi trabalhar no Acre com seu tio materno Childerico José Fernandes de Queiroz Filho, o ”Guerreiro do Yaco”. Esteve com seu tio na revolução de 1912, segundo nos informa Arnaldo Fernandes de Souza (“OS FERNANDES DE SOUZA”; Fundação Vingt-Um Rosado; Coleção Mossoroense; Série “C”; Volume 977; 1977) que depôs o prefeito de Sena Madureira, Acre. Morava na fazenda Veneza quando Lampião a invadiu, em 1927, após atacar Mossoró, em episódio por demais conhecido na literatura do cangaço. Era tio materno de minha mãe.

[5] Em 1939 Câmara Cascudo escreveu artigo acerca da morte de Childerico José Fernandes de Queiroz Filho (falecido em 26 de março de 1939), o “Guerreiro do Yaco”, título da obra homônima de Calazans Fernandes, e esclarece por que tantos “Childericos” na família Fernandes: Agostinho Pinto de Queiroz, agricultor na Serra do Martins, no Rio Grande do Norte, homem vivo e curioso, aderiu ao movimento republicano que rebentara em Portalegre no ano de 1817. Preso pelos legalistas cearenses, trazido para Natal, foi enviado aos cárceres baianos, onde sofreu até 1820 quando voltou aos ares da terra velha. Em 1831 marchou contra o caudilho Pinto Madeira e tal raiva lhe tinha que arrancou do nome Pinto e o substituiu por Fernandes. Presidente da Câmara Municipal de Martins, faleceu em 1869.  Desse Agostinho Pinto de Queiroz ou Agostinho Fernandes de Queiroz vem uma tradição comovedora na família inteira. Prisioneiro na cadeia da Bahia, Agostinho teve um grande amigo na pessoa de um oficial chamado Childerico. Dispensa de serviços, melhora na alimentação, livros para ler, notícias para Martins, tudo Childerico arranjava. Indultado, Agostinho Pinto de Queiroz fez a singular promessa de manter na família o nome daquele a quem devia tantos obséquios. Até hoje, há mais de cem anos, a família Fernandes cumpre a imposição emocional de seu antigo chefe. Há sempre vários Childericos, nome de reis merovíngios, entre os sertanejos norte-riograndenses. Childerico José Fernandes de Queróz Filho foi um dos fiadores da promessa secular. Usou nome feudal e guerreiro, tatalante e sonoro como grito de excitação e de arrancada. Setuagenário, esse Childerico acaba de falecer, a 26 de março de 1939, no Rio de Janeiro, com uma história atribulada e valente. Eram essas as histórias que devíamos contar nos livros escolares, a glória útil e serena, o combate político, a honra lavada nos santos suores do trabalho contínuo, as batalhas pela vida limpa sob a bandeira sem nódoa do esforço inextinguível. O “Guerreiro do Yaco” depôs, pela força das armas, em 1912, comandando mais de uma centena de homens, o prefeito de Sena Madureira (AC)”.
[6] Membros da trincheira: Pedro Fernandes Ribeiro, Francisco Fernandes Sena, Raimundo Nonato Fernandes e dois trabalhadores armados de rifles – Murilo Eufrázio da Costa e Velho Chico, além do meu tio-avô materno Ezequiel Fernandes de Souza e sua esposa.

[7] Artigo escrito em “A Gazeta do Oeste” de 17 de agosto de 2003 sob o título “O cangaceiro Massilon”.

[8] À época da invasão de Lampião a Mossoró era Prefeito de Pau dos Ferros meu tio bisavô materno Cel. Adolfo Fernandes. Manoel Rodrigues de Melo (“DICIONÁRIO DA IMPRENSA NO RIO GRANDE DO NORTE 1909-1987”; Cortez Editora/Fundação José Augusto; São Paulo/Natal; 1987; p. 240) informa o seguinte: A República, de 28 de junho de 1919, registrava o aparecimento deste jornal (“O Momento”) nos seguintes termos: ‘No dia 4 do corrente circulou na Vila de Pau dos Ferros o primeiro número d’O Momento, órgão do Partido Republicano Federal naquela localidade, sob a direção política do Coronel Adolfo Fernandes, tendo como diretor o Dr. Guilherme Lins e gerente o Sr. Galdino de Carvalho’. Segundo o jornal a República seu colega pauferrense viria dar suporte à política estadual do Desembargador Ferreira Chaves.

[9] Quanto à mudança do nome de Agostinho Pinto de Queiróz para Agostinho Fernandes de Queiróz, conforme João Bosco Fernandes (“MEMORIAL DE FAMÍLIA”; Halley S.A. – Gráfica e Editora; 1ª. Edição; 1994): quando o Desembargador Vicente de Lemos fazia a remodelação do Arquivo da Secretaria do Governo, encontrou a prova documental desse fato e a entregou a um bisneto daquele revolucionário. Esse documento foi publicado em “A República”, no dia 30 de abril de 1926. Ver HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE, de Tavares de Lyra, 3a. edição.