sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PROCURADORA DO ESTADO É CONTRA DINHEIRO PARA PROPAGANDA


Diante da calamidade financeira do RN, Procuradora do Estado é contra licitação para propaganda governamental 
A crise financeira anunciada pelo Estado tem afetado todos os setores da sociedade e, em caso mais recente, atingiu inclusive o pagamento dos servidores públicos estaduais. Apesar dessa situação, o Governo Rosalba abriu licitação para contratar sete agências de propaganda, no valor de R$ 25 milhões, para serviços de publicidade do governo estadual.
A Procuradora do Estado, Íris de Carvalho Medeiros, enviou parecer nesta quarta-feira, 23, recomendando a não instauração dessa licitação. “Faz-se pertinente trazer à baila a situação de calamidade financeira pela qual passa o RN, divulgada pelos diversos meios de comunicação, inclusive, a imprensa nacional”, disse. “Em face dos vultosos recursos a serem vinculados para esse fim (R$ 25 milhões), recomendo a não instauração da Concorrência, pelo menos nesse momento”, concluiu a Procuradora.
Dentre as argumentações, ela fala da calamidade financeira do Estado que tem se desdobrado, dentre tantos outros exemplos, no atraso do pagamento dos servidores, dos fornecedores e a ordem judicial de despejo do Hospital Ruy Pereira, devido ao inadimplemento de prestações locatícias.
O documento trata, ainda, do fato da própria Administração ter efetivado medidas de contenção de despesas, através do Decreto nº 23.627/2013, de 02 de agosto, suspendendo o empenho de despesas relacionadas a fontes específicas que, somente em casos excepcionais, devidamente analisados pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado, poderiam ser autorizadas.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO: DADOS OFICIAIS CONFIRMAM O CRESCIMENTO DA ARRECADAÇÃO NO RN



Ministério Público quer que o Governo explique gastos e afirme qual foi a frustração de receita prevista.


O Jornal de Hoje mostrou nesta terça-feira uma notícia que seria positiva para qualquer governo: os números das principais fontes de receita do Estado (Fundo de Participação do Estado, ICMS, IPVA e Fundeb) bateram recorde em 2013. O problema é que a gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem utilizado um discurso inverso para falar sobre a situação das finanças públicas estaduais. Diante do confronto de análises, a matéria acabou dando motivo para o Ministério Público do RN cobrar explicações e esclarecimentos do Governo sobre a realidade dos números.

É importante esclarecer que os dados apresentados são provenientes do Portal da Transparência, ou seja, são alimentados justamente pelo Executivo. “Esses números com certeza são importantes e confirmam que houve crescimento da arrecadação do RN. Agora, queremos que o Governo apresente as informações a respeito das despesas e da frustração de receita para confirmar se houve superávit financeiro”, afirmou o procurador-geral adjunto de Justiça, Jovino Pereira, autor de um inquérito civil público que apurar a aplicação do orçamento 2013 por parte do Executivo e a legalidade do atraso salarial (reprogramação financeira, segundo o Governo) ocorrido em setembro e já previsto para continuar até o final deste ano.

Sobre o inquérito civil, até agora, chegaram apenas informações da Secretaria Estadual de Tributação (SET). Porém, é fundamental o envio das outras explicações para que o Governo possa confirmar sua análise negativa com respeito as finanças.


“As informações que estão sendo levantadas pela equipe técnica do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado e do MP apontam que a frustração de receita dita pelo Governo não se confirmou. Ela foi bem menor que os 10,74%. Ficou em torno dos 3%. E isso quem diz são técnicos especializados desses órgãos”, afirmou Jovino.

Com relação ao atraso salarial, segundo o MP, a preocupação só aumentou com o anúncio do Governo do Estado de que essa “reprogramação financeira” deverá continuar até o final do ano. “Estamos esperando os outros dados a respeito do atraso de pagamento, que é visto por nos com muita preocupação. Estamos acompanhando também que atitudes foram tomadas pelo Governo antes de optar por esse atraso no pagamento”, ressaltou Jovino.

Entre as atitudes que poderiam ser tomadas, segundo o MP, para cortar gastos sem atrasar salários, estariam: a redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança (CF, art. 169, § 3º, I) e exoneração de servidores não estáveis (CF, art. 169, § 3º, II), bem como de outras providências previstas na Lei Complementar Federal n° 101/2000, como extinção de cargos e funções (art. 23, § 1º), ou ainda extinção de órgãos públicos.

RECORDES

Na edição desta terça-feira, O Jornal de Hoje apresentou informações do Portal da Transparência que confirmam que o Estado bateu recordes em, praticamente, todas as principais fontes de receita, como Fundo de Participação dos Estados (FPE), ICMS e royalties. No FPE, por exemplo, em fevereiro, o repasse feito pelo Governo Federal foi de R$ 260,8 milhões, a maior registrada nos últimos quatro anos pelo Portal.

Com relação aos royalties, também houve recorde: R$ 23,3 milhões repassados em março, devido a produção de petróleo e gás natural no Rio Grande do Norte. Com exceção de junho, quando a arrecadação chegou aos R$ 19,8 milhões, em todos os meses o repasse foi de mais de R$ 20 milhões.

O ICMS foi outra “boa notícia” para o Governo. Em setembro de 2013, justamente o mês em que o Executivo atrasou os salários, a arrecadação foi a segunda maior já registrada: R$ 357 milhões.

Visita de Obery não esclarece dúvidas de deputados.

 
O secretário estadual de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, visitou a Assembleia Legislativa do RN na manhã de hoje para atender o apelo de deputados estaduais, que há alguns dias cobram explicações sobre as finanças públicas. Apresentou planilhas e, depois de algumas horas, saiu da Casa Legislativa deixando os parlamentares, ainda, insatisfeitos. “Não houve nada de novo. Foi a mesma coisa de sempre”, analisou o deputado Fernando Mineiro, do PT, ressaltando que o desinteresse foi tamanho que ele nem foi até o plenário acompanhar as explicações de secretário. Assistiu pela televisão a visita.

“O secretário apresentou apenas o balanço do quadrimestre e não é isso que queremos, até porque essas informações já estão disponíveis desde o dia 20. O que queremos é informações sobre frustração. Há um mês fiz um requerimento pedindo a frustração de receita prevista mês a mês, de julho a dezembro, e até agora não foi enviado”, cobrou Mineiro.

Segundo o parlamentar, é com base nesse dado que será possível acompanhar se as frustrações estão se confirmando e se está se justificando os cortes de 10,74% feito pelo Executivo aos orçamentos dos demais poderes – Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa – e órgãos auxiliares – Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

Mineiro ressaltou, ainda, que essa situação é consequência do fato do orçamento estadual está nas mãos do Poder Executivo e as informações repassadas serem, exclusivamente, aqueles de interesse do Governo. Por isso, inclusive, está apresentando um Projeto de Lei que dispõe sobre a instituição, ampliação, integração e disponibilização das informações do Sistema Integrado de administração Física e Financeira-SIAFI-RN.

Para o deputado, o sistema foi implantado no Rio Grande do Norte por meio de decreto de 2002 e até hoje permanece hermeticamente voltado para o Poder Executivo, exclusivamente, impedindo a completa transparência das finanças públicas do Estado. Isso seria um choque com a legislação sobre o acesso às informações, acrescendo-se a tudo isso, um Portal da Transparência com sérias deficiências quanto ao seu conteúdo e configuração.

13º SALÁRIO

Além de Mineiro, a deputada Márcia Maia, do PSB, foi outra que cobrou explicações do Governo a cerca do orçamento estadual. “A governadora surpreendeu a imprensa e disse que vai atrasar salários até o final do ano. Ela chama atraso de reprogramação. Agora o nome atraso tem outra definição no vocabulário da governadora”, afirmou.

Isso porque em pronunciamento feito no início da semana, a governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, confirmou que a “reprogramação” deve ser continuar até o final do ano. A declaração, para Márcia Maia, só contribui para aumentar a frustração do funcionalismo público, que “já estava desmotivado pela falta de estrutura para executar seu trabalho”.

Márcia Maia, no entanto, ressaltou que Rosalba poderá até atrasar o pagamento dos servidores, mas não o do 13º salário, que seria ilegal segundo a legislação trabalhista. A parlamentar, inclusive, apresentou um requerimento com o pedido a ser enviado ao Governo do Estado para que demonstre os números do provisionamento mês a mês para o pagamento do 13º salário dos servidores. Essa medida, vale lembrar, também foi pedida pelo MP, em um inquérito civil público para apurar o atraso salarial e a aplicação do orçamento de 2013.

“O governo justifica o problema citando frustração da receita em cerca de 10%, mas pelo estudo da Comissão de Finanças da Assembleia, não chega sequer a 3% até este mês. E com o histórico positivo de arrecadação dos meses de outubro, novembro e dezembro, sequer pode ocorrer. A frustração real é a do povo. Queremos explicações e soluções para este caos no qual o governo Rosalba colocou nosso estado”, destacou.

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA FAMÍLIA SALDANHA (I)


 Marcos Pinto

 

Tradicional e antiga família cearense advinda do Português MIGUEL CARLOS DA SILVA SALDANHA, que fixou-se na região jaguaribana, onde adquiriu inúmeras e vastas terras nas povoações de Jaguaribe-Mirim, Santa Rosa, Riacho do Sangue e Cachoeira, que passaram a cidades com as denominações de Jaguaribe, Jaguaribara (A antiga cidade que se encontra submersa pelas águas da Barragem do Castanhão) Jaguaretama e Solonópolis, região reconhecida como feudo das vetustas famílias SALDANHA e DIÓGENES, entrelaçadas entre sí por diversos matrimônios.

Devido à grandes e ferrenhos embates travados pelos Saldanha com outras famílias na região, em disputa por terras, houve dispersão de alguns componentes que optaram por fixarem moradia definitiva no estado da Paraíba, inicialmente na Serra do Teixeira, e depois na localidade Riacho dos Porcos, à época fazenda, que deu origem à cidade de Belém do Brejo do Cruz-PB, estendendo os domínios de suas terras com a compra da fazenda "Mulungu", encravada na área territorial de Brejo do Cruz-PB.

Pelos documentos oficiais destaca-se o Sr. JOAQUIM DA SILVA SALDANHA como pioneiro da família a aportar em terras paraibanas, após abandonar as plagas jaguaribanas, optando por procurar novos horizontes em terras já conhecidas pelos seus ascendentes. Fixou-se na fazenda "Mulungu", encravado na área territorial de Brejo do Cruz, considerado um dos mais antigos municípios da Paraíba. Fincou seus currais inicialmente na "Serra do Teixeira". Teixeira é um município brasileiro no estado da Paraíba, localizado na microrregião da Serra do Teixeira e integrante da Região Metropolitana de Patos. Por ter se envolvido em conflito em questões de divisas e marcos em terras vizinhas, o arrojado Joaquim deliberou em comprar terras em Brejo do Cruz, denominada de fazenda "Mulungu".

Joaquim era filho de Domingos da Silva Saldanha e Maria Rosa Cândida de Miranda. Conta a tradição oral que os intrépidos irmãos SALDANHA aportaram nos citados lugares por volta do ano de 1820.  Joaquim casou com FRANCISCA JOAQUINA MAIA, da tradicional família do Catolé do Rocha, senhora de gênio irascível e determinada na resolução de intrincados problemas quando verificada a ausência do esposo. Essa inconfundível matriarca sertaneja era popularmente conhecida como Dona Chiquinha do Mulungu. Desse venturoso casal nasceram:

F.01- Capitão PEDRO DA SILVA SALDANHA:

Nasceu em Brejo do Cruz-PB. Faleceu em Mossoró a 19.03.1899, aos 57 anos de idade, deixando a viúva MARIA CÂNDIDA MONTEIRO SALDANHA e os filhos:

N.01 - Joaquim Cândido da Silva Saldanha. (09 anos de idade).

N.02 - Cândido Joaquim da Silva Saldanha. (06 anos de idade).

N.03 - Isaura da Silva Saldanha.

N.04- Etelvina da Silva Saldanha. (08 anos) que veio a casar com o seu primo legítimo BENEDITO DANTAS SALDANHA, filho de Benedito Dantas da Silva Saldanha. Sem descendência. 

F.02- BENEDITO DANTAS DA SILVA SALDANHA - Casado com...

Foi pai de:

N.01- Benedito Dantas Saldanha - Nasceu em Brejo do Cruz-PB no ano de 1894. Casou com sua prima Etelvina da Silva Saldanha. Devido a sérios desentendimentos com a família Dutra, em que seus irmão Quinca e Plínio, conhecido como Marinheiro Saldanha figuravam como mentores intelectuais, junto a alguns parentes, em que mandou seis dos seus jagunços cometerem diversas tropelias, destacando-se a do dia 25 DE ABRIL DE 1926, que atacaram Brejo do Cruz, na Paraíba, matando Manuel Paulino de Moraes, Dr. Augusto Resende (Juiz Municipal), fere Dr. Minervino de Almeida, o “Joca Dutra” Prefeito Municipal), e Severino Elias do Amaral (Telegrafista). 

Autores intelectuais (supostamente): Deputado João Agripino de Vasconcelos Maia, residente no Sítio “Olho D’Água”, Catolé do Rocha, PB; Joaquim Saldanha (Quincas Saldanha), residente na fazenda “Amazonas”, Brejo do Cruz, PB; Odilon Benício Maia, residente na fazenda “Pedra Lisa”, Brejo do Cruz, PB; Plínio Dantas Saldanha, vulgo “Marinheiro Saldanha”, residente em Jardim de Piranhas, Caicó, Rio Grande do Norte, como mandantes[9]. 

Executores: Massilon Leite[10], José Pedro[11] (vulgo Coqueiro), Peitada, João Domingos, João Boquinha e João Cândido – vulgo Negro Cândido. 

Fonte: Denúncia oferecida pelo Promotor Público da Comarca de Souza, Paraíba, servindo “Ad-Hoc” em Brejo do Cruz, Paraíba, Dr. Emílio Pires Ferreira, em 10 de fevereiro de 1927, transcrita no Jornal “União”, da Paraíba, número 82, em 9 de abril de 1927, sábado. 

Assim foi o fato: como todos os finais-de-tarde em Brejo do Cruz, no Sertão paraibano, formou-se uma roda na frente da casa de Antônio Dutra de Almeida, no começo daquele fatídico ano de 1926. Dr. Joca Dutra (João Minervino de Almeida), Manoel Paulino Dutra de Morais, José Targino, Dr. Francisco Augusto de Resende (Juiz da Cidade) eram os presentes. 

As cadeiras, dispostas dia-a-dia nos mesmos lugares, eram, pelo hábito, marcadas: recebiam sempre os mesmos ocupantes. Em certo momento José Targino e Dr. Antônio Dutra de Almeida se levantam e vão tomar água no interior da casa. Nas cadeiras nas quais eles estavam sentados, inexplicavelmente se sentam Manoel Paulino Dutra de Morais e Dr. Francisco Augusto de Resende.  Escurece. 

Um atirador tomou posição a alguma distância e, de rifle, atirou nos ocupantes das duas cadeiras que lhe tinham sido previamente assinaladas. 

Dr. Francisco Augusto de Resende tombou morto. Manoel Paulino Dutra de Morais, ferido, fez menção de se levantar. Os outros tinham fugido. 

O atirador aproximou-se e desfechou várias peixeiradas em Manoel Paulino Dutra de Morais. Ao terminar observou atentamente o semblante do outro morto e gritou: “matei um inocente”.
 
Recolheu as armas, montou o cavalo, picou na espora e sumiu na escuridão da noite. Fora Massilon.
 


Chefe de cangaceiros BENEDITO DANTAS SALDANHA (calçando botas de cano longo) 

 BENEDITO foi nomeado Prefeito de Apodi pelo Interventor/governador Bertino Dutra, tendo assumido no dia 10 de Janeiro de 1933. Devido a cerrada campanha de divulgação da imprensa oposicionista da capital do estado, que repudiava o fato de ter sido nomeado um afamado chefe de cangaceiros para administrar o município de Apodi, teve curta duração à frente dos destinos daquele rincão, tendo sido demitido a 23.07.1933, portanto, com gestão de 05 meses e 23 dias. Investido da condição de Prefeito nomeado, à época denominado de Interventor, protagonizou violento atentado, quando na manhã do dia 18 de Abril de 1933 mandou trazer à sua presença o Coronel Lucas Pinto, escoltado sob ameaça de três cangaceiros/capangas armados, ocasião em que empunhando um revólver, tentou obrigar o Coronel Lucas Pinto engolir duas bolas feitas com jornal, sob a alegativa de que o líder político Apodiense mandara veicular notícia no Jornal "A RAZÃO", impresso e com sede em Natal, dando conta de que ele e seu irmão Quinca Saldanha comandavam grupo de cangaceiros, acoitados em sua fazenda em Caraúbas, e com atuação em Apodi e região. 

O Coronel Lucas Pinto foi salvo desse vexame graças à intervenção do valente Apodiense DECA CAVACO, que ao saber que o seu padrinho se encontrava sob ameaça do Benedito, dirigiu-se até o sobrado onde se desenrolava o sério atentado à integridade física do Cel. Lucas Pinto. Em lá chegando, dois cangaceiros tentaram impedir o acesso do Deca Cavaco, que ao descer do seu cavalo já empunhou seu punhal e deu dois sopapos nos dois cangaceiros, derrubando-os de uma só vez, ao mesmo tempo em que advertiu-os para que não insistissem em impedir o seu acesso. Ao chegar ao pavimento superior, encontrou Benedito aos gritos, obrigando o Coronel Lucas Pinto a engolir as bolas de jornal. Incontinenti, o Deca cravou o seu punhal no birô do Benedito e exclamou: Se não comeu não come mais. Encarou o Benedito e falou: Vou levar o meu padrinho, e se você se meter derrubo-lhe com um só tiro no meio da testa. 

Dito isto, mandou que o Coronel Lucas Pinto seguisse na frente que ele iria atrás, protegendo-o. Ao Benedito, que já havia sofrido uma cantada do Deca Cavaco, só restou a alternativa de convidar o Deca para mais tarde beberem e jogarem baralho juntos, no que o Deca respondeu que não bebia nem jogava com bandido. Nesse dia, o Coronel Lucas Pinto era o homem marcado pra morrer. Benedito Saldanha faleceu envenenado por sua amante, na cidade de Maranguape, onde residia, por volta do ano de 1954.

domingo, 20 de outubro de 2013

ROSALBA TINHA DINHEIRO MAS ATRASOU PAGAMENTO DOS SERVIDORES?



MP investiga se Rosalba tinha dinheiro mas atrasou pagamento 

Afirmar que o Governo do Estado errou a previsão de frustração de receita do Governo do Estado não vai ser a única ação do Ministério Público do RN diante da questão orçamentária, até pelo fato de ter sido um dos principais atingidos pelos cortes financeiros imposto pelo Executivo aos demais poderes e órgãos auxiliares. Tanto é assim que o MP já instaurou um inquérito civil público com o objetivo, justamente, de apurar supostas irregularidades na execução do orçamento do Estado de 2013. 

E não é só isso. O MP também está investigando “o atraso do pagamento dos servidores integrantes dos quadros da Administração Pública Estadual direta e indireta”.  Há suspeita de que o Governo, mesmo tendo dinheiro em caixa, atrasou, propositadamente, o pagamento dos servidores como forma de ressaltar uma crise financeira que o Executivo diz atravessar. Isso seria útil para que a administração estadual justificasse para o Supremo Tribunal Federal (STF) os cortes realizados nos orçamentos dos demais poderes e, assim, não fosse obrigado a pagar a integridade do duodécimo. 

Para checar se esse hipótese é verdadeira, o MP pediu à Superintendência do Banco do Brasil para que informe, no prazo de 10 dias úteis, os saldos de valores existentes na data de 30 de setembro de 2013 em todas as contas de titularidade do Estado, inclusive eventuais aplicações financeiras; e se há registro de alguma aplicação financeira realizada pelo Estado durante os meses de setembro e outubro, indicando os respectivos saldos na data de 30 de setembro e no corrente mês, bem como as contas de origem dos referidos recursos. 

Além disso, o MP também solicitou que o secretário de Planejamento e Finanças do Estado, Obery Rodrigues, informe se está sendo feito, mês a mês, o provisionamento do 13º salário dos servidores públicos do Estado, remetendo os respectivos comprovantes e se foi realizada alguma aplicação financeira pelo Estado nos últimos meses. 

O Secretário de Estado de Tributação, José Airton, também deverá informar, no prazo de 10 dias úteis, “os valores totais arrecadados a títulos de ICMS pelo Estado do Rio Grande do Norte, mês a mês, de janeiro a outubro de 2013, devendo constar do relatório se as metas fiscais foram alcançadas”. 

A solicitação dessas informações não é por acaso. O MP dectetou no Decreto do Executivo, que determinou os cortes no orçamento dos poderes e dos órgãos administrativos, diversas irregularidades que merecem esclarecimentos por parte do Governo. “Na base de cálculo para a elaboração da reestimativa da receita do Tesouro Estadual, efetivada pelo Decreto nº 23.624/2013, foi incluída a despesa com Transferência para os Municípios e excluída a dedução do FUNDEB, de modo a fazer com que os demais Poderes e Órgãos autônomos suportassem uma despesa que é exclusiva do Poder Executivo (FUNDEB)”, citou o procurador-geral adjunto de Justiça, Jovino Barreto. 

Com relação aos pagamentos, o procurador-adjunto ressalta que “o teor da nota publicada pelo Governo do Estado, em 30 de setembro de 2013, em que anuncia o atraso no pagamento dos servidores públicos, alegando frustração de receita vivenciada atualmente pelo ente político, a despeito de informar o Portal da Transparência que a arrecadação do mês superou em quase duzentos milhões a folha de pagamento do Estado do Rio Grande do Norte”. 

Para o MP, também deixou dúvidas se o Estado está passando pela crise financeira que prega o fato de não ter tomado medidas popularmente conhecidas como “de austeridade”. “A não adoção, pelo Governo do Estado, de quaisquer das medidas constitucionalmente previstas para a diminuição de despesa com pessoal em razão da anunciada crise financeira, tais como redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança (CF, art. 169, § 3º, I) e exoneração de servidores não estáveis (CF, art. 169, § 3º, II), bem como de outras providências previstas na Lei Complementar Federal n° 101/2000, como extinção de cargos e funções (art. 23, § 1º), ou ainda extinção de órgãos públicos”, exemplificou. 

Claro, que, além disso, os constantes recordes de arrecadação de ICMS, bem como a informação obtida pela Diretoria de Orçamento, Finanças e Contabilidade do Ministério Público Potiguar, junto ao Portal da Transparência, de que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte está executando seu orçamento de forma integral, sem qualquer corte de despesa, também foram considerados como informações importantes para instaurar o inquérito.

TEM MULHER PRÁ TUDO!


Victor Linhares 

Minha namorada me deu (na verdade, eu roubei) um livro de crônicas que ela tinha, chamado de Guia Politicamente Incorreto da Filosofia.
Entre várias, tinha uma crônica interessante sobre as mulheres. Basicamente, o autor denunciava uma troca de favores que existe hoje na sociedade moderna.
A maioria dos homens procura uma mulher perfeita.
É o padrão do mercado.
Peito estourando (de duro), bunda grande (e quadril largo), cabelos lisos, olhos claros, etc.
Elas vivem seus dias na academia. Tomam Whey no café, almoçam frango e jantam a parte branca do ovo com batata doce. Adoram folhas e guardam uma fita métrica no bolso. No quarto, uma bicicleta ergométrica. A escada da casa é em formato de esteira. Sobem sem sair do lugar pra crescer a panturrilha. Coçam as orelhas com os trapézios. Seguem a fan-page No Pain no Gain no Facebook e tem piercing no umbigo.
A culpa da existência dessa praga é nossa. Culpa dos homens!
Eu já disse e repito: homens não erotizam a inteligência da mulher. Não adianta.
Saber conversar, escrever, conhecer, ouvir, como diria um professor meu: é ponto extra.
A mulher, ao contrário, sente atração por homens inteligentes e erotizam isso.
Elas são capazes de amar o homem por qualquer motivo. Por um par de olhos, sorriso ou por uma simples atração intelectual doida.
Tem mulher pra tudo.
Não sei o nome da cantora Gospel que se apaixonou por um presidiário e é casada até hoje. Coisa do filho de Satanás.
Questão interessante é: e se a mulher for burra e feia?
Essa será necessariamente a amiga da bonita da academia. Que além de burra e preguiçosa é feia. E essa definitivamente, não tem mais jeito.
A culpa é do Nosso Senhor. Não há solução. É rezar duas Ave-Marias toda noite antes de dormir. O resto é com Dr. Rey.
Pois bem.
É simples: as mulheres intelectuais não são gostosas. Biblioteca nenhuma deixa a bunda maior. Não existe livro para aumentar os glúteos nem filosofia de vida para deixar o peito duro. O nome disso é silicone e o apelido sutiã. Augusto Cury não é cirurgião. Não há livrarias com aeróbica.
Paulo Coelho não cursou educação física (melhor que tivesse feito mesmo).
Para Felipe Pondé (autor do livro), é simples: a inteligência no homem é como dinheiro, uma forma de potência. E isso não pode ser motivo de briga. Na humanidade existe lugar pra todo mundo.
Até pra amiga da menina da academia.
Para o autor, a mulher entra com a beleza e o homem com o dinheiro. Não precisa ser inteligente. Uma bunda e um peito resolvem. Se for inteligente é um combo.
Bingo!
É óbvio que ele exagera. Aliás, é um livro de sátiras. Crônicas pleonásticas dominadas pela linguagem sarcástica. Bem louco!
Às mulheres que reclamam tanto da falta de homem a dica é: não procurar por homens sensíveis, cuidadosos, românticos, carinhosos, apaixonados demais e com barbas bem feitas.
Pelo contrário.
Desconfie desse tipo de homem.
Fuja. Não queira concorrente por perto.
Ele também está procurando por rapazes.