Victor Linhares
Minha namorada me deu (na verdade, eu roubei) um livro de
crônicas que ela tinha, chamado de Guia Politicamente Incorreto da Filosofia.
Entre várias, tinha
uma crônica interessante sobre as mulheres. Basicamente, o autor denunciava uma
troca de favores que existe hoje na sociedade moderna.
A maioria dos homens
procura uma mulher perfeita.
É o padrão do
mercado.
Peito estourando (de
duro), bunda grande (e quadril largo), cabelos lisos, olhos claros, etc.
Elas vivem seus dias
na academia. Tomam Whey no café, almoçam frango e jantam a parte branca do ovo
com batata doce. Adoram folhas e guardam uma fita métrica no bolso. No quarto, uma
bicicleta ergométrica. A escada da casa é em formato de esteira. Sobem sem sair
do lugar pra crescer a panturrilha. Coçam as orelhas com os trapézios. Seguem a
fan-page No Pain no Gain no Facebook e tem piercing no umbigo.
A culpa da existência
dessa praga é nossa. Culpa dos homens!
Eu já disse e repito:
homens não erotizam a inteligência da mulher. Não adianta.
Saber conversar,
escrever, conhecer, ouvir, como diria um professor meu: é ponto extra.
A mulher, ao
contrário, sente atração por homens inteligentes e erotizam isso.
Elas são capazes de
amar o homem por qualquer motivo. Por um par de olhos, sorriso ou por uma
simples atração intelectual doida.
Tem mulher pra tudo.
Não sei o nome da
cantora Gospel que se apaixonou por um presidiário e é casada até hoje. Coisa
do filho de Satanás.
Questão interessante
é: e se a mulher for burra e feia?
Essa será
necessariamente a amiga da bonita da academia. Que além de burra e preguiçosa é
feia. E essa definitivamente, não tem mais jeito.
A culpa é do Nosso
Senhor. Não há solução. É rezar duas Ave-Marias toda noite antes de dormir. O
resto é com Dr. Rey.
Pois bem.
É simples: as
mulheres intelectuais não são gostosas. Biblioteca nenhuma deixa a bunda maior.
Não existe livro para aumentar os glúteos nem filosofia de vida para deixar o
peito duro. O nome disso é silicone e o apelido sutiã. Augusto Cury não é
cirurgião. Não há livrarias com aeróbica.
Paulo Coelho não
cursou educação física (melhor que tivesse feito mesmo).
Para Felipe Pondé
(autor do livro), é simples: a inteligência no homem é como dinheiro, uma forma
de potência. E isso não pode ser motivo de briga. Na humanidade existe lugar
pra todo mundo.
Até pra amiga da
menina da academia.
Para o autor, a
mulher entra com a beleza e o homem com o dinheiro. Não precisa ser
inteligente. Uma bunda e um peito resolvem. Se for inteligente é um combo.
Bingo!
É óbvio que ele
exagera. Aliás, é um livro de sátiras. Crônicas pleonásticas dominadas pela
linguagem sarcástica. Bem louco!
Às mulheres que
reclamam tanto da falta de homem a dica é: não procurar por homens sensíveis,
cuidadosos, românticos, carinhosos, apaixonados demais e com barbas bem feitas.
Pelo contrário.
Desconfie desse tipo
de homem.
Fuja. Não queira
concorrente por perto.
Ele também está
procurando por rapazes.
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