sábado, 26 de maio de 2012

LULA PRESSIONA MINISTRO DO STF PARA ADIAR JULGAMENTO DO MENSALÃO

Por Ricardo Noblat

26.5.2012, 12h28m

(oglobo.globo.com/pais/noblat)

"É nitroglicerina pura a reportagem de Rodrigo Rangel e Otávio Cabral publicada na VEJA que começou a circular. Ela conta a história de um encontro entre Lula e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no escritório de advocacia do ex-ministro Nelson Jobim.

Foi em Brasília no dia 26 de abril último.

- É inconveniente julgar esse processo agora - disse Lula a Gilmar a propósito do processo do mensalão. São 36 réus - entre eles o ex-ministro José Dirceu, que segundo Lula contou a Gilmar, "está desesperado".

Em seguida, Lula comentou que tinha o controle político da CPI do Cachoeira. E ofereceu proteção a Gilmar. Garantiu que ele não teria motivo para preocupação.

- Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula - comentou Gilmar com a VEJA.

Lula foi adiante em sua conversa com Gilmar:

- E a viagem a Berlim?

Nos bastidores da CPI corre a história de que Gilmar e o senador Demóstenes Torres teriam viajado juntos a Berlim com despesas pagas por Cachoeira.

Gilmar confirmou o encontro com Demóstenes em Berlim. Mas respondeu que tinha como provar que pagou as próprias despesas,

- Vou a Berlim como você vai a São Bernardo do Campo - afirmou Gilmar se dirigindfo a Lula. Uma filha de Gilmar mora em Berlim.

Constrangido, Gilmar aconselhou Lula:

- Vá fundo na CPI.

Na cozinha do escritório, onde Lula comeu frutas, Gilmar ainda ouviu ele dizer outras coisas. Por exemplo: que encarregaria Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF, de convencer a ministra Carmem Lúcia a deixar o julgamento do mensalão para 2013.

Pertence foi o principal padrinho da indicação de Carmem Lúcia para o STF.

- Vou falar com Pertence para cuidar dela - antecipou Lula.

Estava aflito com a situação de Ricardo Lewandowski, lembrado por dona Marisa para a vaga que hoje ocupa no STF. Amigo da família da ex-primeira-dama, Lewandowski é o ministro encarregado de revisar o processo do mensalão relatado por seu colega Joaquim Barbosa.

- Ele (Lewandowski) só iria apresentar o relatório no semestre que vem, mas está sofrendo muita pressão [para antecipar] - revelou Lula,

Joaquim Barbosa foi chamado por Lula de "complexado". Lula ainda se referiu a outro ministro - José Dias Tófili, ex-Advogado Geral da União durante parte do seu governo e ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil.

- Eu disse a Tófili que ele tem de participar do julgamento - disse Lula.

Tófili ainda hesita.

Se o julgamento do mensalão ficasse para 2013, seu resultado não seria contaminado "por disputas políticas", imagina Lula. O que ele não disse: nesse caso, os ministros Ayres Britto e Cezar Peluso já estariam aposentados. Os dois parecem ser favoráveis à condenação de alguns dos réus. Caberia a Dilma nomear seus substitutos.

Gilmar Mendes contou seu encontro com Lula a dois senadores, ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, ao Advogadfo Geral da União e ao presidente do STF, Ayres Britto. Que disse à VEJA:

- Recebi o relato com surpresa.

Jobim, confirmou o encontro em seu escritório, mas se negou a dizer o que por lá foi discutido.

A VEJA tentou ouvir Lula antes de publicar a reportagem. Sua assessoria informou que ele não falaria.

Recentemente, Lula mandou avisar a Ayres Britto que precisa se reunir com ele."

VEJAM COMO É UM COMENTÁRIO BEM FEITO DE UMA PARTIDA DE FUTEBOL!


André Kfoury

lucasmergel.webnode.com.br

 

MAIS DAS COPAS

por André Kfouri em 25.mai.2012 às 13:30h

http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/

Tende-se a dizer que quando um jogador é expulso numa partida equilibrada, a diferença numérica produz mais espaço para o adversário.

Nem sempre é verdade.

É mais provável que um time consiga fazer valer a vantagem de um homem a mais quando o oponente continua tentando construir algo.

Quando se trata apenas de proteger um resultado, é comum ver o time inferiorizado se defender com a mesma eficiência.

Foi o que aconteceu ontem, na vitória que classificou o Santos (1 x 0 no Vélez: Kardec, e 4 x 2 nos pênaltis) para as semifinais da Libertadores.

O jogo já estava difícil para o Santos, com 11 contra 11.

O time argentino marcava com notável aplicação e ainda oferecia algum perigo, numa clara proposta de controle do placar.

Quando perdeu seu goleiro, expulso corretamente, o Vélez não afrouxou. Talvez tenha acontecido o contrário.

A noção da inferioridade pode ter reforçado a mentalidade defensiva dos argentinos, àquele momento dispostos a correr ainda mais.

O Vélez perdeu a condição que tinha de contra-atacar, mas não de ocupar os espaços à frente de sua área.

Em situações como essa, como disse Muricy Ramalho, só há duas alternativas:

Girar a bola de um lado para o outro, esperando uma brecha na parede por onde a bola possa entrar.

E chutar de fora da área.

O gol que levou a decisão para os pênaltis saiu num lance em que Ganso (quem mais?) encontrou essa brecha, ao servir Léo, que fez a bola chegar a Alan Kardec.

O passe de Ganso é a aparição do jogador diferente, que enxerga o que a maioria não vê.

Importante a entrada de Léo no segundo tempo, sua participação no gol e nas cobranças decisivas.

Ele pode ser utilizado na solução que Muricy precisa encontrar para a ausência de Ganso.

A propósito: é sempre refrescante quando um jogador descreve, sem pudores ou preocupações, momentos como os que Léo viveu na hora dos pênaltis.

Ele declarou que comentou com alguns companheiros que não fazia ideia de como executaria sua cobrança.

E que não tinha noção de que o dele era o pênalti da classificação.

Léo merece aplausos pela honestidade.

O campeão da América foi testado nesses dois jogos contra o Vélez. Passou com uma dose de dificuldade um pouco maior do que se esperava.

A marcação argentina conteve Neymar, algo que não estamos acostumados a ver por aqui.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

CAVACO CHINÊS


Paulo, vinte anos vendendo cavaco chinês


"Olhe o cavaco chinês!
Olhe o cavaco chinês!
Eu vou casar no fim do mês..."

Seu Chico Honório (1927-1910)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

FUTEBOL


Marcelo Bielsa, argentino, treinador do Athletic Bilbao

Caricaturas.blogspot.com


Do http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/

“El fútbol es el primer deporte del mundo porque una misma causa puede ofrecer diferentes efectos. La mayoría de las cosas que suceden no son como las imaginamos. Hay mucho de casual. Sin embargo, los que pronostican y aciertan son considerados sabios. En cualquier caso, son atrevidos, no sabios. El que vaticina tiene la misma posibilidad de acertar que de no acertar.”

BIELSA, Marcelo

LANÇAMENTO DE "DESCENDÊNCIA DOS BESSA: GENEALOGIA"

Recado do amigo e escritor Marcos Pinto:

 

"Amigo Honório,


O meu parente próximo Dr. FRANCISCO PRAXEDES FERNANDES, incumbiu-me de convidá-lo e aos demais Confrades para se fazerem presentes ao lançamento do seu memorável livro intitulado "DESCENDÊNCIA DOS BESSA - GENEALOGIA", cujas orelhas tem as minhas simples opiniões.

A solenidade de lançamento será no dia 26 deste, às 10 horas da manhã, na sede do Clube Recreativo de Itaú. Após o lançamento, será oferecido almoço aos presentes.

Com certeza vai ser muito concorrido, posto que sairão vários ônibus daqui de Mossoró para o Itaú, como também contará com presenças de Confrades e Confreiras de Apodi e região. Conto com sua distinta e honrosa presença.

Aguardo sua confirmação.

Receba efusivo abraço deste COMBOEIRO DO CÓRREGO DA MISSÃO JESUÍTA DA ALDEIA DO LAGO PODY".


quarta-feira, 23 de maio de 2012

O UNIVERSO POLÍTICO BRASILEIRO ESTÁ ULTRAPASSADO, DETONADO E MERECE SER DELETADO!

22/05/2012 - 18h31m

 

*Helder Caldeira

 

Já é impossível conviver com o universo político brasileiro que nos cerca. Ele está ultrapassado, detonado e merece ser deletado. Nossos indigníssimos representantes são limitados. Ignorantes à enésima potência. Pior: eleitos e eleitores parecem satisfeitos com essa circunscrição apequenada e rasteira. Já dizia Goethe: Satisfazer-se com as limitações é miserável.

 

Basta questionar: nas últimas 24 horas, quantos quasímodos políticos estamparam os veículos de comunicação? São tantos! Sobram bigodes indecorosos, panças descuidadas, ridículos cabelos avermelhados e toda sorte (ou seria azar?!) de discursos falseados. Ninguém aguenta mais essas aberrações nacionais, sedimentadas em costumes e tradições tão seculares quanto vagabundas.

 

Em pleno século 21, a corrupção hedionda promovida pela famigerada indústria da seca no Nordeste rende matérias de capa em grandes jornais, mostrando que o coronelismo ainda vige em boa parte do país, convencendo milhares de ignorantes que até a água que lhes é fornecida à conta-gotas não passa de uma benesse, um favor, um ato de solidariedade de prefeitos, vereadores, deputados e governadores sensíveis à tragédia climática. Ninguém faz questão de dizer que aquela água é um direito dos cidadãos e um dever do Estado, previsto de forma inalienável na Constituição Federal. Ninguém os esclarece que a falta d’água não é apenas um desígnio do tempo e da geografia, mas um reflexo patente de reiterada roubalheira e ausência de investimentos sérios na região.

 

Nesse mesmo século 21, a maravilha da interatividade também serve à pilantragem política. Um sagaz cinegrafista do SBT conseguiu flagrar o deputado petista Cândido Vaccarezza (ex-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara) atentando contra o decoro, à democracia e até contra a gramática, em mal traçadas linhas trocadas por SMS com governador peemedebista Sérgio Cabral, garantindo que o PT irá blindá-lo no lamaçal da CPMI do Cachoeira. Você é nosso e nós é teu [sic], afiançou Vaccarezza ao mandatário do Rio de Janeiro, atolado até os lenços da cabeça nas cataratas de corrupção do bicheiro e da empreiteira Delta.

 

Não há nação que se sustente com dignidade com tanta bandalheira, hipocrisia e ladroagem. Nossos pilares estão rachados, prestes a desabar. Com urgência, precisamos de um retrofit. Em engenharia e arquitetura, esse termo define a modernização em larga escala de imóveis antigos, renovando por completo suas estruturas e preservando apenas suas qualidades. Em amplo aspecto é premente um retrofit político no Brasil, para o bem da democracia e da profilaxia.

 

* Escritor, jornalista , apresentador de TV e Comentarista Político da Rede Record, onde apresenta o iPOLÍTICA.


www.ipolitica.com.brhelder@heldercaldeira.com.br

terça-feira, 22 de maio de 2012

ABSURDO: TRABALHAMOS 5 MESES SÓ PARA PAGAR IMPOSTOS!

Brasileiro trabalha quase 5 meses só para pagar imposto, diz IBPT


21/05/2012, Fonte: O Globo


RIO — Faltam nove dias para o contribuinte brasileiro finalmente começar a trabalhar para si próprio. Neste ano, são praticamente cinco meses —um dia a mais que no ano passado, já que 2012 é bissexto— somente para pagar tributos (impostos, taxas e contribuições) ao governo, aponta estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) obtido pelo GLOBO. Se morasse na Argentina ou nos Estados Unidos, seriam pouco mais de três meses exclusivamente para pagamento de impostos.

Assim, dá para entender o porquê de o cofundador do Facebook, o brasileiro Eduardo Saverin, anunciar a renúncia à cidadania americana. O jovem empresário brasileiro se mudou para os Estados Unidos em 1992 e se tornou cidadão americano em 1998. Agora mora em Cingapura, para se ver livre da carga que incide sobre os negócios.

A renda do brasileiro comprometida com os impostos só fez aumentar nos últimos anos, segundo o IBPT. Se em 2003, ele teve de destinar 36,98% de seu rendimento bruto para pagamento de impostos. Em 2012, essa fatia subiu para 40,98%. Em relação à década de 70, hoje se trabalha o dobro de tempo para pagar tributação.

O contribuinte brasileiro paga atualmente 63 tributos que incidem tanto sobre a renda, como o Imposto de Renda, a contribuição previdenciária, quanto impostos embutidos nos preços de produtos e serviços, como o ICMS e o IPI, além da tributação do patrimônio (IPTU e IPVA), e taxas como limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e iluminação pública.

— A arrecadação tributária cresceu assustadoramente nos últimos anos e ainda temos que trabalhar para prover o que o governo não fornece. Enquanto o governo não fizer uma reforma que altere essa situação drasticamente, o quadro não muda — afirma João Eloi Olenike, presidente do IBPT.

Em 2011, só o governo federal tirou dos contribuintes quase R$ 1 trilhão em forma de impostos, sem contar os tributos pagos aos governos estaduais e municipais. A arrecadação das receitas federais teve um crescimento real, com base no IPCA, de 10,1%. A carga tributária deve bater recorde em 2011, chegando a 36,2% do PIB, segundo estimativas.

O presidente do IBPT pondera que se o contribuinte contar ainda despesas como plano de saúde, escola, e segurança do prédio, serviços que deveriam ser cobertos pelos impostos pagos, mas que, na prática, deixam a desejar, o contribuinte só passa a trabalhar para si próprio nos últimos meses do ano.

—A ineficiência do governo de oferecer serviços de qualidade e infraestrutura faz com que o brasileiro tenha que continuar a trabalhar até o dia 30 de setembro para pagar pelo que é prestado de forma ineficiente.

Imposto de Renda é o que mais incomoda, mas tributo sobre consumo pesa mais.

Os tributos sobre o consumo (ICMS, PIS, Cofins, IPI, ISS) são os que mais pesam na conta. Segundo o IBPT, eles correspondem a 23,24%, em média, da renda do contribuinte. Mesmo assim, é o Imposto de Renda o tributo que mais faz sofrer o brasileiro.

—É dele que as pessoas mais reclamam porque veem descontado no contracheque - avalia Rubens Branco, da Branco Consultores. —Já o imposto de consumo, ele não vê, o que não quer dizer que o imposto indireto seja mais justo— considera.

Segundo o IBPT, os tributos sobre a renda “comem” 14,72% da renda das famílias, enquanto que aqueles sobre o patrimônio correspondem a 3,02%.

Burocracia também traz custo alto para empresas.

Branco afirma que além das alíquotas altas, as empresas brasileiras ainda têm de arcar com o custo da burocracia. O tributarista cita a Declaração Anual de Capitais brasileiros no exterior, entregue todos os anos ao Banco Central por pessoas físicas e jurídicas com investimento superior a US$ 100 mil no exterior.

— A teia tributária asfixia não só pelas alíquotas, mas pelo trabalho que dá pagar direito. É uma mera obrigação estatística, mas pode custar até R$ 250 mil em caso de erro — afirma. —A Receita transformou as empresas em funcionários do governo impondo como obrigação acessória recolher uma parte para ela Receita e, uma vez que a informação esteja errada, as multas são altíssimas — acrescenta.