quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MEDO, COVARDIA E NEGLIGÊNCIA

Deu no Blog de Ricardo Rosado (www.fatorrrh.com.br):

"Ok, finalmente as entidades responsáveis pela saúde do Estado vieram a público, através de nota distribuída ontem para a imprensa, publicada na íntegra no post anterior, alertar a população dos riscos de contrair o vírus H1N1 da gripe suína,

Mas limita-se tão somente a falar de "registro de novos casos" e às orientações profiláticas para evitar o contágio.

Isso tem em qualquer bula para fugir de uma gripe besta.

Na nota não há um só fato concreto que possa ser levado a sério.

Poderia ser distribuída em qualquer época do ano, dizendo as mesmas coisas.

Toda a manifestação das entidades médicas e órgãos públicos escrita na nota é superficial, teórica, fugidia, frouxa, inconsequente, boba, infantil, singela, escorregadia, disfarçada, pueril, negligente, incompleta, imprecisa, atemporal e sem nenhuma objetividade.

Sem falar em informações inúteis para a população, como saber pra onde seguem os resultados das coletas, se pra Belém ou Quixeramobim.

E ainda alertam que ninguém deve tomar remédio sem indicação e orientação médicas.

Ora, tudo pra fugir, escamotear, esconder o principal motivo de preocupação iminente.

O que é importante saber não são somente explicações genéricas a respeito da gripe suína e do vírus circulando na cidade.

Sim, mas em que nível vem se dando este aumento, " especialmente em Natal e em municípios do interior do estado, o que é uma evidência de que o vírus está circulando no nosso estado", conforme reconhece a nota?

Quantas pessoas estão infectadas em Natal e no Estado?

Quantas já moreram ou estão internadas?

O que quer dizer " em casos de doença respiratória aguda grave e em surtos de síndrome gripal em comunidades fechadas", escrito na nota?

Que tipo de perigo corre a população frequentando (ou não) o carnaval fora de época previsto para primeira semana de dezembro?

O que as entidades médicas e órgãos públicos tem a dizer para os milhares de jovens que vão participar do evento movidos a hormônios, bebidas, drogas e música?

O evento pode provocar uma epidemia na cidade?

Por que a nota da saúde e das entidades médicas e órgãos públicos não toca neste assunto?

Por que fugiu do tema, quando médicos e médicas infectologistas denunciaram publicamente o perigo que corre a população?

Somente no último parágrafo, escondido e quando ninguém normal aguentaria chegar ao fim do texto depois de ler tanta cultura inútil, a nota dos setores da saúde diz que "é recomendado, ainda, buscar manter-se em ambientes ventilados, procurando não circular em aglomerações e locais fechados".

Que tipo de aglomerações e locais fechados não são recomendáveis pelas entidades médicas eórgãos publicos da saúde?

A aglomeração de milhares de pessoas nos próximos dias em Natal, de gente de todo o país, não se enquadra nestas preocupações e recomendações?

Missa, procissão, comício, inauguração, jantar de fim de ano, ceia de natal em restaurante lotado, dentro de um shopping center, distribuição de bicicleta, show artístico, vaquejada, jogo no Machadão ou no Frasqueirão são aglomerações não recomendáveis pelas entidades médicas e os órgãos públicos da saúde?

De que tipo de ameaça sofrem os médicos, os órgãos públicos da saúde e as entidades médicas do Estado se falarem com franqueza e seriedade profissionais?

O medo, a covardia, a negligência e o desrespeito à população, explícitos na nota que as entidades de saúde e órgãos públicos do Estado distribuíram, não deixam mais dúvidas: em caso de uma epidemia nos próximos meses a população já tem a quem acusar criminalmente."
























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