quinta-feira, 3 de outubro de 2013

AULA DE JORNALISMO ANALÍTICO: AS VAIAS EM ROSALBA

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quinta-feira - 03/10/2013 - 10:53h
 
Com Lula, Kubitschek ou Rosalba...

A vaia, o aplauso e o grande incêndio



Vaia é uma manifestação legítima. É o “aplauso” dos insatisfeitos.
 
 
Kubitschek: a vaia emudecida
 
 
Inaceitável é a agressão.
 
Espontânea ou não, a vaia é legítima. Faz parte.
 
O maior ícone da vida pública nacional nas últimas décadas, Lula, teve um Maracanã vaiando-o em coro. Getúlio Vargas ouviu vaias. Normal.
 
Rosalba colhe o que tem plantado. Não está acostumada, sente mais.
 
Como prefeita, nunca enfrentou greve, não teve oposição ou crise alguma. Voou sempre em céu de brigadeiro.
 
Na gestão estadual, é diferente. Atores e situações são diferentes.
 
Infelizmente, ela não se preparou para essa relação e convivência diferentes.
O que a governadora encarou ontem em Ceará-mirim, era previsível. Tem convivido com isso até em sua terra, Mossoró.
Em qualquer parte do RN onde bota os pés, tem sido assim.
 
A vaia é a antítese da claque (com seus aplausos remunerados).
 
Mesmo assim, tem muitas semelhanças com ela, a claque.
 
Pode ser espontânea e fabricada ou misto de ambas.
 
Não deve ser ignorada, que se diga.
 
Juscelino Kubitschek, certa vez, coberto por vaias em um evento, revidou de modo genial:
- “Feliz do país que pode vaiar seu presidente”.
 
Emudeceu os manifestantes. Arrancou alguns aplausos, em seguida.
 
Existe um ditado entre bombeiros, que precisa ser adaptado à política também:
- “Nenhum incêndio começa grande”.
 
Há tempos que Rosalba arde.
 
Da mesma forma que a governadora não deve se iludir com suas claques, não pode se enganar com as vaias.
 
A primeira costuma ser falsa. A segunda, pode ser. As duas sempre dizem alguma coisa.
 
Nada é por acaso. Vale perceber que tudo faz sentido.
 
É uma relação de causa e efeito.

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