Marcelo Dieb
A tipologia é imutável: possuem bíceps, tríceps, retos abdominais, deltóides e trapézios hipertrofiados que ficam à mostra em camisetas justas e vitrinais.
Andam sempre em bando e ao contrário das andorinhas, são algozes.
Sem exceção, são microcéfalos e incapazes de uma sustentação oral sobre outro e qualquer assunto que não seja anabolizantes, carros, relógios, bebidas e mulheres. Sentem-se irresistíveis e ai de quem contrariá-los.
Não há perdão para a rejeição. Agridem, machucam, dilaceram e até matam.
Geralmente oriundo de lares onde a violência velada ou não dá o tom do dia a dia, projetam o que presenciam em suas casas nos lugares públicos que frequentam.
Acham-se machos, superiores, mas na hora do pega pra capar, se mijam e até imploram pela vida. Consomem regularmente muita bebida alcoólica, drogas ilegais, viagras e levitras para que a possibilidade de falhar no momento supremo, seja, a todo custo, afastada.
Humilham suas namoradas e fazem-nas passar por situações de profundo constrangimento o que lhes proporciona sensação de prazer e indiferença típica dos psicopatas.
São esses "fortinhos" que hoje infestam as casas noturnas de Natal. São esses seres abjetos que podem, tranquilamente, agredir uma filha criada com esmero, zelo e dedicação e que saiu de casa com o único objetivo de se divertir.
São eles que tiram a tranquilidade dos homens de bem que confiam nas suas filhas mas temem que a ineficácia do Estado permita ser acordado, um dia, na madrugada, com a notícia de uma filha agredida. São eles que dão o tom da violência gratuita e desmedida em nome de um status fajuto e oco.
Para que se sintam "in", perante a corja que os acompanham, é necessário o emprego da força que estimula um ego distorcido, atrofiado e carente de valores dignos dos homens e mulheres de bem.
Tive uma filha agredida, sim.
Covardemente.
Fico a matutar o que aconteceria com esses animais, se a agredida fosse filha de um deputado, senador, prefeita ou governadora.
Como sou tão somente um cidadão comum, resta-me tão somente a resignação e o conforto dos amigos que sofrem junto e tentar encontrar uma maneira de mostrar à minha filha que apesar do seu sofrimento, vale a pena a caminhada.
Afinal estamos aqui pra isso.
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