“Aliás, um psicanalista observava, com razão, que essa obscuridade é uma camuflagem e uma defesa do pensamento que não ousa mostrar sua nudez esquelética aos olhos de outrem. Para um Lacan, a fala é o homem. Ora, vamos, um pouco de pudor... Como assinala Montaigne, certos filósofos ‘fazem questão de nem sempre apresentar suas opiniões a rosto descoberto e visível’ e, ‘para seu próprio possuidor, o espírito é um gládio ultrajante, se ele não saber armar-se de maneira ordenada e discreta’” (A Arte de Pensar; Pascal Ide; Martins Fontes; 1995; pág. 68).
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