* Honório de Medeiros
Quanto menos novo fico, quanto mais o tempo passa, mais me abandono ao fascínio do Eclesiastes. Texto poético belíssimo, denso, sapiencial, condena muitos livros a sua real e diminuta dimensão. Incita-nos a questionarmos nossa vaidade tola em um mundo cujos alicerces estão firmados de tal forma que parecem inexoráveis, alheios a nossa vontade e capacidade de entendê-los. "Todas as coisas trazem cansaço. O homem não é capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os ouvidos de ouvir" (Ec 1,8).
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