Bárbara de Medeiros
Falsos horizontes
que me guiam
descalço
desnudo
pelos trilhos
estreitos
daquele
vocábulo
vazio
que eles
chamam
"vida"
não sei se prossigo
não sei se me atiro
sei que tropeço
caio
e sei que no fim
talvez
nada nem valha a pena
mas nada é muito grande
e eu sou muito pequeno
o trilho, grande
eu, pequeno
a vida, enorme
eu, minúsculo
a vida, eterna
eu, um segundo
5 comentários:
Belíssimo. Um quadro!
O quadro a que me refiro é o próprio poema. Lido ou visto de longe, é um quadro! Xêro de François.
Obrigada, tio François!
Minha linda sobrinha, que beleza !!! Saudades. Beijo de amor.
Severo
Obrigada, tio Severo!
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