segunda-feira, 26 de outubro de 2009

COMO PODE ME SER ÚTIL A FILOSOFIA


Carolina Wanderley Neves – Direito / Unp / 2Vb (19/08/2009)

Para muitos leigos a palavra filosofia parece trazer uma enorme carga de abstracionismo, causando muitas vezes certo desinteresse pelo tema, mesmo antes de ter havido um primeiro contato com a disciplina.


A primeira questão a ser analisada está justamente conectada a essa “impressão pessoal”. Como pode me ser útil a filosofia?


Bem, primeiramente é interessante distinguirmos as áreas de conhecimento que operam acriticamente das demais. No âmbito daquelas se enquadram a religião, a mitologia e o senso comum, em contraponto à Ciência e à Filosofia, sendo estas ultimas diferenciadas das primeiras por serem fundamentadas em uma metodologia sistemática e crítica.


Mas e agora que identificamos quais áreas de conhecimento nos trazem certa segurança em relação às pré-compreensões pessoais, qual seria a distinção prática entre Ciência e Filosofia? E para que esta me serviria?


Com efeito, a Ciência trabalha também com a crítica, no entanto, por partir de verdades conjecturalis passíveli de teste e provação, se impõe a nós unilateralmente. Já a Filosofia, parte de premissas apenas verossimilhantes, podendo estas serem aceitas ou não, de acordo com o entendimento e a reflexão de cada um.


Pois bem, parece, portanto, que antes de se tornarem de alguma forma passíveis de provação fática, as verdades frutos de observações e apontamentos críticos passam por um estado objeto-filosófico, como foi o caso da matemática e da física. Por outro lado, é inegável o caráter essencialmente filosófico de determinados objetos de estudo, que por não poderem ser provados, necessitam sempre da observação e trabalho persuasivo dos que se dedicam não a lapidar pontos indiscutíveis, mas sim a buscar uma reflexão evolutivo-adaptativa do conhecimento ainda não pacificado pelas máximas da ciência. É para isso que nos serve a filosofia.



















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