Imagem: Honório de Medeiros
Honório de Medeiros (honoriodemedeiros@gmail.com)
Quero sentar na calçada nos finais de tarde, xícara de café à mão, o chiste, o causo, o juízo-temerário, a anedota, a estória e a história na ponta da língua e na raiz do ouvido, o pensar leve, o dizer ameno, o lamento - se houver necessidade - sentido, enquanto a vida passa como em um sonho, suave e derruidora, o tempo, evanescente, se esgota, até que não haja mais o momento seguinte e eu, sábio posto que velho - assim espero - possa ter a certeza de que tudo pelo qual se ensanguenta o homem, a não ser quando em defesa de si mesmo e dos seus, não vale a pena, e que acertei quando despi a mente, até o nada, do supérfluo, e compreendi o tamanho da minha ignorância.
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