* Honório de Medeiros
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Um homem tem que saber a hora de sair.
Recolher-se.
Tirar as esporas, guardar os arreios, encostar a cela.
Perceber que seu tempo passou.
Refrear os últimos ímpetos, pendurar as armas, despir a armadura.
Não mais se afadigar debaixo de nenhum sol.
Beber seu café, contar casos, ver seus rebentos irem para a arena.
Sair de cena.
Com calma, para não parecer rendição;
com certa ligeireza de quem sabe o que está fazendo.
Dizer adeus.
Afinal até a chuva não será mais como era antes.
Um comentário:
Nem invente! Você deve sua presença ao mundo. Abraço de François.
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