A
Diretora Nacional de Ciências Jurídicas do Grupo Estácio, Solange Moura,
explicando o índice de aprovação de 45,83% do Campus Petrópolis no Exame da OAB
cujo resultado foi anunciado neste agosto de 2012, fez um diagnóstico das
dificuldades das instituições particulares quando comparadas com as públicas e
apresentou o projeto pedagógico que, no seu entender, é o apropriado para
enfrentar tal situação. Veja em: (http://www.tribunahoje.com/noticia/36467/brasil/2012/08/13/universidades-federais-sao-campeas-de-aprovacao-no-exame-da-oab.html).
No
seu entender o trabalho das instituições particulares é “muito mais duro” que o
das públicas, já que elas recebem, de forma acentuada, os alunos vindos do
ensino público, e precisam nivela-los com aqueles oriundos do ensino privado de
primeiro e segundo graus.
Diz
Solange: “Nos primeiros anos trabalhamos fortemente leitura e redação. A
formação específica é feita de forma contextualizada. A cada semana eles
resolvem um caso concreto jurídico”.
Seria
interessante sabermos se é esse o projeto pedagógico do INSTITUTO DE CIÊNCIAS
JURÍDICAS E SOCIAIS PROFESSOR CAMILLO FILHO (ICF), uma Instituição de Educação
Superior (IES) mantida pela SOCIEDADE PIAUIENSE DE ENSINO SUPERIOR LTDA. O ICF
foi inaugurado em 5 de julho de 2000, iniciando suas atividades acadêmicas em 5
de agosto do mesmo ano, e recebeu, recentemente, o disputado “OAB
RECOMENDA” (http://oab.jusbrasil.com.br/noticias/3092628/oab-confere-selo-de-qualidade-a-89-cursos-de-direito-brasileiros).
Aqui
no Rio Grande do Norte somente o CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE (FARN)
ostenta esse galardão.
Não
é muito difícil chegar ao diagnóstico apresentado pela Diretora Solange Moura.
Entre outros indicativos, tais como gestão equivocada de recursos humanos e infraestrutura,
ou mesmo planejamento realizado segundo moldes ultrapassados, a questão do
nível de aprendizado dos alunos das escolas públicas, principais “clientes” dos
cursos particulares de Direito, é, realmente, significativa, e uma das causas
do pífio resultado obtido por essas instituições nos exames da OAB.
Outro
indicativo é a leniência com os alunos que estudam à noite e sua cultura de
“pagou passou”.
Da
mesma forma, no que tange a sua proposta pedagógica, no geral ela está correta.
A grande questão não é a ideia em si de trabalhar esmeradamente leitura e
redação, como proposto, nos primeiros anos. Aliás, é preciso trabalhar
firmemente leitura e redação TODOS OS ANOS DO CURSO.
O
problema é como fazê-lo. Aliás, esse é o problema fundamental da gestão, pois
implica em avaliação permanente e retificação constante dos obstáculos que se apresentam,
tudo dentro de uma determinada perspectiva estratégica. Leia, para ter uma noção, http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br/2011/06/eficiencia-na-gestao-publica.html
No
caso específico das instituições particulares, que têm de levar em consideração
a presença do viés financeiro e seu mandamento fundamental (“é preciso lucro”)
no planejamento, a gestão, para alcançar êxito, precisa de recursos humanos com
experiência (currículo) e descortínio. Precisa de solidez e ousadia. Precisa de
conhecimento e inteligência. Não há espaço para a mediocridade.
Será
que as instituições particulares de ensino do Direito no Rio Grande do Norte
estão atentas a esses parâmetros?
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