sábado, 5 de dezembro de 2009

BILHETE DE LAURENCE NÓBREGA

Meu caro mestre e amigo:




Li com atenção e interesse o seu ensaio sobre “o teatro subversivo”.



No instante em que se discute a instituição de mais uma esmola oficial, intitulada “Bolsa-cultura”, faz-se oportuna a sua observação sobre a interferência do estado na divulgação da cultura, repetindo suas palavras (....) disfarça e oculta o real e ressalta, para os incautos, uma suposta preocupação do Poder em apresentar, para o povo, uma preocupação com a cultura”. Qual tipo de cultura será vendida aos incautos? Quem lucrará com a idéia? Será que vão criar o vale-abadá, para estimular o Carnatal?



Melhor seria aplicar esses recursos na educação para que, mais instruídos, os jovens pudessem escolher o tipo de literatura e de manifestações artísticas que mais lhes aprouvessem.



Lembro-lhe alfim, que na Paris pré-revolucionária, uma das peças que mais faziam sucesso no teatro popular era “As bodas de Fígaro”, inicialmente apresentada em teatro de marionetes e, posteriormente transformada em obra suprema da ópera universal, pelo magistral Wolfgang Gottlieb Mozart, cuja morte prematura ocorreu em 05 de dezembro de 1791, há exatos 218 anos.



No mais sentimos, Kydelmir e eu, a sua ausência na noite de quarta-feira.



Um grande abraço do seu humilde discípulo.



Laurence

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