sexta-feira, 27 de julho de 2012
A CINDERELA DE TOUROS
Era
uma vez uma garota do litoral potiguar, que sonhava ter boa vida. Um dia, ela
cresceu, casou e foi tentar vencer no outro lado daquele grande mar que banhou
sua meninice. Em Portugal, teve um filho e arrumou trabalho numa loja de
shopping.
Sua
beleza morena e tropicana chamava a atenção dos clientes que circulavam no
espaço comercial da cidade do Porto, a segunda mais importante da boa terra.
Até que certa vez, o olhar de um famoso milionário esbarrou no seu. Ele, 72
anos; ela, 23.
Não
demorou para estabelecer-se um namoro clandestino, que avançou para uma paixão
bem disfarçada, consolidou-se como companheirismo aberto e que agora, dois anos
depois, vai virar casamento. E com direito a uma festa de bodas na aldeia da
infância.
A
história do amor entre o rico presidente do time de futebol do Porto, Pinto da
Costa, e a estudante de Gestão de Empresas, Fernanda Miranda, mexeu com as
estruturas da sociedade lusitana, gerou fofocas na mídia e agora atrai os
holofotes do país irmão.
Nos
dois anos de convivência, ambos interromperam seus casamentos e decidiram viver
juntos, assumindo uma paixão que já não dava mais para esconder. E a
consolidação conjugal ocorrerá oficialmente no próximo sábado, no casamento na
Praia de Touros.
O
pequeno lugarejo no litoral norte do Rio Grande do Norte será palco de uma das
maiores festas matrimoniais de toda a história, com pompa e circunstância para
matar de inveja os badalados veranistas das praias de Jacumã e Muriú, afeitos
aos regabofes.
São
esperados no aeroporto de Parnamirim dezenas de ricaços portugueses,
empresários importantes de Lisboa e do Porto, autoridades políticas do país e
personalidades famosas. Jornalistas de TV, revistas e jornais portugueses
deverão cobrir o evento.
Estima-se
que jatos particulares atravessarão o Atlântico entre Lisboa e Natal trazendo
figuras de proa de Portugal. Na realização do seu sonho de menina pobre,
Fernanda Miranda reedita pelo ar a navegação marítima dos antigos nobres da
Coroa Portuguesa.
Desde
que conheceu Pinto da Costa, o homem responsável pelo gerenciamento de um dos
times mais importantes e vitoriosos da Europa, Fernanda teve sua vida
modificada radicalmente, tornando-se uma beldade reconhecida no país e muito
respeitada.
A
imprensa, que no início expôs o desconforto do casal em esconder o namoro,
agora a trata como “primeira-dama do FC Porto”, o presidente do clube até faz
questão de tornar público que a noiva exerce influência sobre sua vida e sobre
seus negócios.
Durante
todo o tempo de relacionamento, ela soube se portar em relação à presença da
esposa de Pinto da Costa, Filomena Morais, de 49 anos. Também jamais permitiu
que a imagem do seu ex-marido fosse arranhada no cimento das fofocas
midiáticas.
No
último dia 7 deste julho, para evitar maiores desentendimentos e
constrangimentos, Fernanda Miranda preferiu que sua ausência fosse notada no
casamento da filha de Pinto da Costa, a jovem Joana, com quem ela não tem um
bom relacionamento.
Na
semana do casório, ela viajou para Madrid onde passeou e fez compras em lojas
de luxo e de grandes grifes. Na volta, foi recebida com beijos e flores pelo
noivo, que ainda deu de presente, pelos dois anos de namoro, um Audi Q5, que
ela tanto desejava.
O FOSSO ENTRE O TETO E O MÍNIMO NO BRASIL DESIGUAL
A real discussão
O ponto principal em torno da celeuma sobre altíssimos
salários de muitos servidores públicos – no Brasil – tem sido ignorado: é a
distância estelar desses ganhos para a renda mínima do trabalhador.
Não é o teto que importa ou deveria despertar nossa maior
atenção, mas sua relação com o piso.
Em nenhuma parte do mundo moderno, de IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) satisfatório, existe esse hiato abissal entre o mínimo
e o máximo. É algo do Brasil das desigualdades.
O IDH do Brasil apareceu em 70º lugar em 2011 (0,807). O
país melhor colocado, a Islândia, obteve 0,968. É quase um paraíso terrestre em
termos de qualidade de vida. Pior é o Brasil ficar atrás de países como Panamá,
Albânia e Costa Rica.
A mim não é agressivo um magistrado ganhar num único mês
mais de R$ 156 mil. Injusto mesmo é que na mesma repartição alguém limpe o chão
em que ele passeia, com seus sapatos italianos, para receber pouco mais de R$
600/mês (brutos).
É humilhante.
No campo político, por exemplo, o Brasil alcança o topo dos
maiores salários para seus parlamentares. Acima do que ganham congêneres em
países ricos como Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Canadá e Alemanha.
Enquanto um congressista nativo pode abocanhar de forma registrada e direta
algo em torno de R$ 400 mil/ano, na Inglaterra não passa de R$ 180 mil.
Quando levamos os números para um parâmetro medido pelo
“Coeficiente de Gini” (calcula desigualdade de renda), o Brasil tem o mais
degradante índice do planeta. Os cidadãos que faturam mais estão a milhões de
anos-luz de quem recebe menos. O índice chega a 56,7. Enquanto isso, na
riquíssima Alemanha, é de apenas 27.
O que insulta, portanto, não é o máximo, mas é uma multidão
famélica bancar a vida boa de uma minoria “iluminada”, tudo “dentro da lei”.
Para justificar esse fosso não existe nenhum argumento plausível, por maior que
seja o contorcionismo retórico do beneficiado.
Tudo é sofisma.
Este país ainda vai cumprir seu ideal.
Nota do Blog:
* O IDH é calculado levando em conta a expectativa de vida,
a educação e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita (por pessoa). Quanto mais
próximo de 1, mais desenvolvido é o país.
* O Coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade
desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, e publicada no documento
“Variabilidade e mutabilidade”, em 1912. É comumente utilizada para calcular a
desigualdade de distribuição de renda, mas pode ser usada para qualquer
distribuição. Quanto maior o valor, mais desigual é o país.
OAB QUESTIONA NO SUPREMO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO PARA MAGISTRADOS
Quinta-feira, 26 de julho de 2012 às 12h25
Brasília – O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) ajuizou hoje (26) no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Adin) número 4822, com pedido cautelar, para questionar
as Resoluções 133/2011, do Conselho Nacional de Justiça, e 311/2011, do
Tribunal de Justiça de Pernambuco, que instituíram o auxílio-alimentação para
magistrados. A ação é assinada pelo presidente nacional da OAB, Ophir
Cavalcante. Tem como relator o ministro Marco Aurélio.
A Resolução nº 133 do CNJ foi editada em 21 de junho de 2011
para estender aos magistrados vantagens funcionais pagas aos integrantes do
Ministério Público Federal, entre elas o auxílio-alimentação, que não está
previsto na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), a Lei Complementar
35/79. Já a Corte Especial do TJ pernambucano editou, em 1º de agosto de 2011,
resolução autorizando o pagamento de auxílio-alimentação aos magistrados do
Estado no valor mensal de R$ 630,00.
No entendimento da OAB, a simetria estabelecida entre as
carreiras do Ministério Público e da magistratura não unifica seus regimes
jurídicos. Para a entidade, a Constituição Federal, ao afirmar que se aplica ao
Ministério Público, no que couber, as garantias e vedações do artigo 93, quis
dar simetria às instituições no tocante aos meios de permitir que o MP exerça
suas funções com autonomia e independência.
“Todavia, o fato de os membros do Poder Judiciário não perceberem
mensalmente o auxílio-alimentação em nada afeta a autonomia e independência da
instituição, tampouco a dignidade dos seus membros”, afirma a entidade no texto
da ação.
As Resoluções do CNJ e do TJ-PE, na avaliação da OAB, foram
além do que está previsto no dispositivo constitucional e criaram vantagens que
só podem ser concedidas mediante lei em sentido formal. “Estamos diante, pois,
de uma verba que poderia ser concedida aos magistrados em caráter
indenizatório, do mesmo modo que foi concedida a diversos servidores públicos,
mas desde que houvesse autorização legislativa neste sentido”. No texto da Adin
a OAB lembra, ainda, que a Constituição exige que lei complementar de
iniciativa do STF disponha sobre o Estatuto da Magistratura e trate da
concessão de eventuais vantagens funcionais aos magistrados (Art. 93, caput), o
que não ocorreu nesse caso.
O CNJ - prossegue a OAB no texto da ação - exorbitou de seu
poder normativo quando inovou a ordem jurídica e concedeu aos magistrados
auxílio não previsto em lei. “Ora, se a Loman, editada no fim da década de 70,
e vigente até hoje, não reconheceu o direito ao auxílio-alimentação, não é de
se admitir que o CNJ simplesmente venha a ‘suprir’ essa lacuna na lei”, afirmou
a OAB. “Diante da taxatividade dos benefícios previstos na Loman, apenas por
outra lei (reserva legal) o auxílio-alimentação poderia ser criado, e não por
ato do CNJ ou de um Tribunal de Justiça estadual, que não podem modificar a
legislação brasileira”.
Por fim, a OAB sustenta que, com as resoluções, tanto CNJ
quanto o TJ violaram os princípios constitucionais da Separação de Poderes
(art. 2º, ‘caput’) e da Legalidade (art. 5º, II), uma vez que é de competência
exclusiva do Congresso Nacional a aprovação de lei complementar que disponha
sobre o Estatuto da Magistratura e trate da concessão de vantagens funcionais
aos magistrados (Art. 93 da CF/88). Por essas razões, requereu a OAB a
declaração de inconstitucionalidade de ambas as resoluções.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
PROTESTO NAS RUAS CONTRA A QUADRILHA
Enquanto petistas preparam desagravos a correligionários, movimentos anticorrupção programam manifestações para marcar o início do julgamento. No Rio, o Movimento 31 de Julho fará no domingo uma caminhada do Leblon a Ipanema.
O grupo criou o blog De olho no mensalão para acompanhar as sessões do Supremo. “Diariamente, comentaremos notícias e artigos da imprensa e, sempre que houver sessão no STF, vamos comentar o cenário, os acontecimentos e a nossa expectativa quanto ao julgamento”, explica Ana Luiza Archer, integrante do movimento.
Em São Paulo, haverá um ato na noite de 1.º de agosto – véspera do início do julgamento no Supremo. A partir das 19h30 serão acesas velas que formarão a palavra “mensalão” no vão do Masp.
Também circula pela internet, desde a semana passada, uma petição pública para que o ministro José Antonio Dias Toffoli se considere impedido de julgar o mensalão. Ele foi advogado do PT e assessor do ex-ministro José Dirceu na Casa Civil, acusado de chefiar o esquema.
Dirceu decidiu não ir a um ato no sábado, em São Paulo, que reunirá ex-integrantes do Movimento de Libertação Popular (Molipo), no qual o ex-ministro militou durante a ditadura militar. Ele quer evitar aparições públicas antes do julgamento do mensalão.
MULHER TEM DIREITO A PENSÃO DE EX-COMPANHEIRA FALECIDA
Do www.migalhas.com.br
União Homoafetiva
A 1ª câmara Cível do TJ/ES manteve decisão que reconheceu o direito à pensão previdenciária a uma dona de casa que comprovou união estável homoafetiva com uma escrivã da Polícia Civil já falecida.
O recurso foi ajuizado pelo IPAJM - Instituto de Previdência e Assistência Jerônimo Monteiro contra sentença anterior. O pedido foi negado de acordo com o voto da relatora-substituta, a desembargadora-substituta Janete Simões Vargas, acompanhada por unanimidade pelos demais desembargadores.
O direito à pensão havia sido negado anteriormente em 1ª instância, mas a 1ª câmara Cível acolheu apelação Cível interposta pela companheira da escrivã. A mulher conseguiu comprovar, com fotos e testemunhas, que mantinha a união estável com a policial.
Na ocasião, o relator da apelação, desembargador Annibal de Rezende Lima, lembrou em seu voto decisão do STF, por ocasião do julgamento da ADIn 4277.
A dona de casa apresentou provas da existência de contas bancárias conjuntas com a escrivã, falecida por doença em 2003, e também duas apólices de seguro de vida em nome da policial civil, em que a mulher figurava como beneficiária, uma por meio do Sindipol - Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo e outra mantida junto à Capemi - Caixa de Pecúlio Militar.
REINALDO AZEVEDO MOSTRA A TUA ALMA
NA MAIOR CARA DE PAU
Reinaldo Azevedo mostra a tua alma
Reinaldo Azevedo
Reinaldo Azevedo escreveu em seu blogue no portal de “Veja” que os veículos de comunicação não dependem das estatais para existir.
Sério? Não diga!
O blogueiro de “Veja” que se intitula analista político, diz que nunca recorreu ao deboche e a baixaria, mas certa vez sugeriu um bouquete ao então presidente Lula.
Ora, o próprio Azevedo, quando dirigia a revista “Primeira Leitura”, da qual era sócio, recebeu recursos da Nossa Caixa. Mas na época, governo FHC, tudo era permitido.
Resumo da ópera: Reinaldo Azevedo pode parecer cara de pau, se comportar como cara de pau, e falar como cara de pau, mas não se engane, ele é mesmo um cara de pau.
Se “Veja”, por exemplo, não depende de recursos públicos por que não cancelam o milionário contrato que mantém com o governo de São Paulo?
Na edição desta semana, por exemplo, seu maior anunciante é o Ministério da Educação, com oito páginas. Há também uma página dos Correios.
A revista da Abril podia se inspirar no exemplo do jornalista Hubert Beuve-Méry, que recusava convite até para jantar quando dirigia o jornal francês “Le Monde”.
Coerente, ele dizia a seus jornalistas que só aceitassem convites do governo para almoçar com a condição de cuspir no prato. Hubert sabia que a objetividade não existe, mas honestidade, sim. Seu lema era dizer a verdade, custe o que custar. Sobretudo se custar.
Quando ele pediu demissão do comando do jornal em 1951, os leitores exigiram seu retorno imediato.
O “Le Monde” foi abertamente contra a conduta do governo francês na Argélia. No auge do conflito, quando o governo assegurava que estava tudo calmo lá, o jornal escreveu: “A Argélia está calma: as crianças morrem sem chorar”.
A posição anticolonialista levou o primeiro-ministro, o socialista Guy Mollet, impedir que o jornal reajustasse preço de venda em banca, sua principal fonte de renda. O que fizeram os leitores? Depositaram a diferença na sede da empresa.
Os veículos brasileiros, “Veja” em particular, se quisessem moralizar alguma coisa, podiam agir como Beuve-Mery. Esse negócio de “FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO O QUE EU FAÇO” é conversa para leitor desavisado dormir.
terça-feira, 24 de julho de 2012
ALTÍSSIMO SALÁRIO DE SERVIDORES É COMO "DINHEIRO ACHADO"
terça-feira - 24/07/2012 - 12:02h
"Lei dos espertos"
Altíssimo salário de servidores é como “dinheiro achado”
Direto do Blog do Carlos Santos
Por Carlos Santos
O teto salarial do serviço público brasileiro é pago a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – R$ 26.723,13. Isso, na lei.
Na prática é diferente. Tem quem fature até mais de R$ 100 mil por mês.
Estado de Leis no Brasil só existe em livros. É uma utopia.
O sujeito vai para a faculdade aprender “direito” e depois descobre, no cotidiano, que boa parte do que foi ensinado não vale nadica de nada.
Ainda tem quem reclame de juiz de futebol, do sabidinho que fura fila de banco, daquele indivíduo que avança o sinal etc. Todos dentro da lei. Lei do mais forte. Do mais esperto.
A farra com o dinheiro público é quase sempre legitimimada por alguma lei, além de invocarem solenemente o princípio do “direito adquirido”.
Se fôssemos levar a sério esse primado, a língua nacional era o tupi-guarani, cacique Juruna ganharia status de nosso verdadeiro “Lula”, as Forças Armadas estariam municiadas com arco-e-flecha e todo esse território da terra brasilis louvaria Tupã como força celestial. Nem precisaríamos pagar salários gordos a ninguém, pois todos viveríamos da caça e da pesca, além de agricultura rudimentar.
Diz uma máxima popular, que “dinheiro achado não é roubado”. O que uma multidão empalma além do estabelecido por lei parece bufunfa encontrada num canto de calçada, sem dono, ou qualquer referência de origem. Pegou, levou.
O coronel Chico Heráclio, das ribeiras do rio Capibaribe, alpendre de seu casarão em Limoeiro-PE, no século passado, já proclamava: “Lei é como cerca: quando é fraca a gente passa por cima e quando é forte a gente passa por baixo”.
Atualíssimo.
ESTE É O RETRATO DO ENSINO!
há 18 minutos próximo a Petrópolis ·
Ontem fui fazer pequenas manutenções no meu carro. Me deparei com a seguinte constatação, o valor pago “apenas” pelo serviço é de, em média, R$ 60,00; mesmo quando o serviço dura em torno de meia hora... Não acho um absurdo, o problema é quando comparo com a hora/aula de um professor, que chega a ser 3 vezes menor. Será que isso é certo em um país que realmente que ter desenvolvimento social? Esse é um belo incentivo que damos à sociedade de como é importante estudar e investir em educação....
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