* Honório de Medeiros
CHAMAMOS essa pedra de Pedra do Beija Flor.
Fica no terreno entre o muro da entrada e nossa casa no Seridó, Serra de Santana.
Desde o início ela nos cativou, razão pela qual decidimos construir mais para o fundo do terreno, evitando sua remoção.
Lá ficou a pedra, parecendo esperar o momento certo para nos surpreender com sua singularidade.
Um belo dia, em um momento no qual o sol estava numa posição específica, rumando para o poente, e minha esposa olhava para o terreno, a pedra, e rezava, lembrando-se de uma tia muito amada, a quem chamava de "meu beija flor", teve um susto, me chamou e apontou.
Nitidamente, resultado da incidência da luz solar sobre uma fenda, despontava, como consequência de um jogo de luz e sombra, um belíssimo beija flor.
Imediatamente registramos a imagem.
Ela a enviou para um filho de sua tia com o qual crescera, perguntando-lhe o que via quando olhava a imagem.
Um beija flor, disse ele.
Assim seja.
Noventa e nove anos do nascimento de D. Aldeiza.
Seridó, Serrame de Santana, Cerro, 20 de abril de 2025
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