domingo, 6 de agosto de 2023

ANDRÉ PIGNATARO: Comitiva do IHGRN - Nos Passos de Leão Veloso

 


Imagem: Bárbara Lima


DIÁRIO DE VIAGEM – NÚMERO 1


Macau, 27 de julho de 2023.

Após quase 3 horas de viagem, com uma rápida parada em João Câmara, a Comitiva do IHGRN chegou em Macau. Passava pouco das 11 horas da manhã, quando eu, Gustavo Sobral, Honório de Medeiros e sua esposa Michaella Lima (nossa fotógrafa), subimos a escadaria da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição para encontrarmos nossos anfitriões, o poeta Horácio de Paiva Oliveira, presidente da Academia Macauense de Letras e Artes (AMLA) e sua esposa Rosália.

A calorosa recepção foi feita pela Orquestra Filarmônica Monsenhor Honório, formada por talentosos jovens macauenses. Também estavam presentes Sebastião Alves Maia, acadêmico da AMLA, e Max Kennedy, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Macau.

Conhecemos a aconchegante igreja e vimos a antiga cruz trazida da Ilha de Manoel Gonçalves, em 1825, antes que a ilha fosse engolida pela força da natureza.

Pausa para almoço no restaurante M Marias. Em seguida, visitamos o antigo porto de embarque e desembarque das barcaças que traziam passageiros e mercadorias dos navios maiores, como explicou Horácio, e fomos à belíssima e abandonada Ponta de Camapum.

Por volta das 15h, despedimo-nos de Horácio, dona Rosália e Tião. Cruzamos a estreita e mal-cuidada Macau, avistando a Praça da Conceição e seu obelisco. Antes de sairmos da histórica cidade, cruzamos a ponte que leva para a Ilha de Santana, apenas para contemplarmos o Rio Piranhas/Assu, já próximo de fazer barra com o mar.

Uma rápida parada no moinho de vento e despedimo-nos de Macau, para seguirmos no rumo do Assu.


DIÁRIO DE VIAGEM – NÚMERO 2


Vale do Assu, 27 de julho de 2023.

Saindo de Macau, seguimos para Pendências. O objetivo era alcançar o Distrito de Pedrinhas, local atual da Fazenda Morros, por onde a Comitiva de Leão Veloso fez pouso. No entanto, não achamos seguro seguir pela estrada de terra. Recuamos. Fomos, então, conhecer aquela modesta cidade. Era, aproximadamente, 15:30h, e poucas pessoas se aventuravam a andar pelas ruas.

Descemos na Praça Levani de Freitas e caminhamos no sentido da praça da igreja de São João Batista, onde quatro estátuas de cimento, muito bem feitas, repousavam sob o forte sol da tarde. Três delas, ficavam logo no início da praça: Jesus Cristo, ao centro, Pôncio Pilatos, à direita, e um soldado romano, à esquerda. Todas elas estavam sem as mãos, provavelmente por algum ato de vandalismo. Mais próximo da igreja, fica a estátua do padroeiro de Pendências. A igreja estava fechada. Abastecemos 
o carro e seguimos viagem.

Na entrada de Alto do Rodrigues, devido a um erro de navegação, deixamos de cruzar o Rio Assu e seguir pelas RN 404 e RN 016, que nos levaria a Assu, passando por Carnaubais e pela Fazenda Poço Verde. Desse modo, continuamos seguindo pela RN 118, passando por toda a extensão da próspera Alto do Rodrigues e por Ipanguaçu, até chegarmos na BR 304, para tomarmos o rumo do Assu.

Esse erro de navegação em Alto do Rodrigues terminou sendo providencial, pois o que seria uma rápida passagem por algum lugar aproximado da Fazenda Poço Verde, e com uma fotografia sem qualquer exatidão registrando nossa presença, deu lugar a uma visita, no dia seguinte, ao local específico da Fazenda Poço Verde, o que será tratado no próximo relato da viagem.

Chegamos ao Hotel União às 17h. Passava das 19:30h quando fomos ao restaurante Coité, nas cercanias do centro histórico de Assu, onde nos aguardava o nosso anfitrião Ivan Pinheiro, sócio da Academia Assuense de Letras (AAL), e sua esposa Ceiça, além de Francisco de Assis Medeiros e Fernanda da Sá Leitão, também integrantes da AAL.

Após o jantar, combinamos de nos encontrar às 08h, na igreja matriz, para darmos seguimento aos trabalhos da Comitiva do IHGRN.


André Felipe Pignataro Furtado de Mendonça e Menezes

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