Imagem: Honório de Medeiros (17 de abril de 2022, Piranhas, Alagoas)
Honório de Medeiros (honoriodemedeiros@gmail.com)
Estamos cansados. Encenamos uma peça, no teatro da vida, que não escolhemos, com parceiros que nos foram impostos ou não soubemos selecionar, cuja finalidade não é aquela que nosso coração escolheria. A razão ansiosa, pode ser; o coração, não. Lutamos pela admiração alheia deixando de lado o olhar melancólico da nossa verdadeira face, que nos olha do espelho surpresa com os nossos fracassos. Admiração não merecida, vazia, sem sentido. E, quando menos esperamos, o tempo passou, tudo aquilo pelo qual valia a pena viver se foi como uma bolha de sabão exposta ao vento, tudo desaparece como um pôr-do-sol que se despede, e, então, chega o inverno, a última das estações, e resta, apenas, um sabor amargo na boca e a sensação de adeus.
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