Jornalista Carlos Santos
Do blogcarlossantos.com.br
Por Carlos Santos
quinta-feira - 09/08/2012 - 10:24h
Gestão e ensino
O Curso de Direito da Universidade Potiguar (UnP), Campus de
Mossoró, vive há vários dias uma crise sem precedentes. O redemoinho produz
círculos concêntricos que ameaçam estilhaçar a imagem da instituição fora de
sua estrutura física, no âmbito do Ministério da Educação (MEC) e Justiça
Federal.
Tudo começou com a imposição de decisões pela diretoria da
instituição, que é controlada há alguns anos por poderoso grupo multinacional.
A partir daí ocorreu demissão sumária do diretor do curso no Campus em Mossoró,
o conceituado professor Marcelo Roberto dos Santos.
A Laureate International Universities — maior rede de
universidades do mundo -, que controla a UnP desde 2007, pretende um reordenamento de custeio da
máquina pedagógica, sacrificando justamente quem mais precisa de incentivo: o
docente. Quer reduzir custo punindo seu melhor insumo, o professor.
Essa chamada “reengenharia” passou a suprimir benefícios da
remuneração do professorado, traduzidos de forma mais clara no que se denomina
de “hora-aula”, assentada em trabalhos, orientações de cursos etc.
Punição
Marcelo resolveu escudar os professores
Opondo-se à mudança, ele mostrou em seu arrazoado que o
Curso de Direito do Campus de Mossoró mostrava resultados que mereciam
incentivo e não punição. Sua performance eclipsa congêneres da mesma
instituição, que funcionam na capital do estado. Em Natal, o corte começou há
mais tempo e de modo incisivo.
Até o momento, a Laureate não conseguiu contorna o caos que
se formou a partir da demissão de Marcelo Roberto. A direção do curso em
Mossoró virou um vácuo.
Professores prometem debandar, solidários e insatisfeitos
com a supressão de ganhos pecuniários. Noutra frente, há mobilização com dossiê
que denunciaria a instituição ao MEC e Ministério Público Federal, por supostas
e graves irregularidades. A UnP estaria maquiando desempenho e certas
exigências legais.
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