Chico Pereira, constituinte de Café Filho, assassinado pelo então Tenente Joaquim Teixeira de Moura, no governo de Juvenal Lamartine de Faria
Sobre JOAQUIM DE MOURA, Oficial da Força Pública do RN,
matador de CHICO PEREIRA, In "Othoniel Menezes - Obra Reunida",
"Sertão de Espinho e de Flor - Canto 11 ("taquigrafado numa
feira")", com Nota de Laélio Ferreira (Honório de Medeiros):
"- Mermo prus perré [1] ,agora,
Café Fio é a lui da oróra,
Papai Noé do Brasí...
- Ante dele sê tão grande,
cafeísta era no frande [2]
na virola e no fuzí...
- Coração de mé de abêia,
o Café, ocês me creia,
imbora impate robá,
vai dá ciloura [3] e camisa
inté a Joaquim Marfisa [4],
se de tanto percisá...
- Cum tanto do “amigo novo”,
vai mái é ficá pru povo
deferente - é de amaigá!
Num adianta, esse luxo
de teimá sê péla-bucho [5]...
- camalião, vai pra lá! [6] "
[1] Nota de OM.
[2] Idem, idem.
[3] Ceroula, cueca.
[4] Joaquim Teixeira de Moura - Referência velada, ferina,
ao Coronel da Polícia Militar do RN. Durante o relativamente curto período do
governo (1928-1930) de Juvenal Lamartine de Faria (1874-1956), esse oficial
notabilizou-se pela violenta repressão aos correligionários – e à própria
família - do futuro Presidente Café Filho, inimigo político do Governador.
Ficou célebre, quando tenente, em 1928, pelo frio assassinato de um certo Chico
Pereira, acusado de roubo no interior do Estado e constituinte de João Café –
que era advogado provisionado. Itamar de Souza, in "A República Velha no
Rio Grande do Norte", conta, com detalhes, a terrível façanha do militar.
Outro escritor, Ivanaldo Lopes – por sinal, filho de um outro coronel -, no
livro Oficiais da PM (1980), retrata Joaquim de Moura como “quase perverso por
obrigação do ofício”, revelando que “... às vezes, quando o sacrifício era
próximo a núcleos residenciais, sepultava o bandido em cova rasa, ainda vivo,
mas inerte, mantendo apenas a respiração ofegante de moribundo. Tanto assim
era, que, em muitos casos testemunhados por transeuntes, as reações da vida
faziam surgir do túmulo um braço ou uma perna, denunciador de alguém ali
sepultado.”
[ 5] Ver nota de OM, adiante.
[6] OM, nesta e na sextilha anterior, critica João Café
Filho – que praticamente nada fez pelos amigos da primeira hora, esquecendo-os
quando assumiu o poder. Othoniel foi um dos que se desiludiram das promessas do
político."
2 comentários:
Segundo informação do registro de nascimento do cangaceiro MASSILON, este era realmente o nome dele, MASSILON GOMES DE OLIVEIRA MELO, nasceu as 6 horas da manhã, e não sei por qual razão o registro de óbito dele tem o nome Floriano Leite de Oliveira, e no registro de óbito o nome do pai diverge um pouco, mas o nome da mãe coincide, que é o nome Alexandrina Guedes de Araújo, natural de Mogeiro - PB. Não sei de onde é que vem esse sobrenome LEITE na Família do cangaceiro Massilon. O sobrenome do avô paterno dele era Gomes Ribeiro da Cunha, que já era falecido por ocasião do nascimento de Massilon em 1897, e a avó paterna dele não tinha sobrenome de família, era Feliciana Maria da Purificação. Quanto a Alexandrina Guedes de Araújo, mãe de Massilon,ela casou nova, com apenas 16 anos de idade, e o sobrenome dela também não tinha nada a ver com Leite, o pai dela tinha sobrenome Guedes da Silva ( que já era falecido no ano de 1897 quando nasceu Massilon ) e a mãe dela não tinha sobrenome de família, era Alexandrina Maria de Jesus.
Por favor, vc que postou o comentário acerca de Massilon, entre em contato comigo por intermédio do e-mail honoriodemedeiros@gmail.com. Aguardo seu contato
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