Regionalismo Sertanejo, livro do escritor pauloafonsino Rubervânio Rubinho Lima, terá também presença no maior evento sobre cangaço e estudos culturais relacionados ao Nordeste, o CARIRI CANGAÇO 2011.
O livro conta com textos que percorrem por aspectos da literatura em que autores consagrados do período denominado como Regionalismo de 30 é vivido, além também de apontar que, mesmo muitos anos após esse movimento literário regionalista, alguns autores do presente também tratam das mesmas temáticas, o que aponta a resignificação de temas como coronelismo, seca, cangaço e muito mais.
Rubervânio Rubinho Lima é um jovem escritor pauloafonsino que acaba de lançar mais um livro. O primeiro foi “Conversas do Sertão”, uma coletânea de contos lançada em 2009. O título já indica a clara opção do escritor pelo regionalismo literário. Histórias do povo do sertão, sua fala, vestuário, medos, alimentação, tudo aquilo que chamamos de cor local. Agora Rubinho nos brinda com “Regionalismo sertanejo”, uma coletânea de quatro estudos sobre seu assunto preferido. A sequência dos livros deixa clara sua paixão pelo tema. O autor de literatura regionalista resolve estudar sua própria linha de trabalho.
Em pauta a atualidade da literatura regionalista, suas origens e alguns dos nomes mais conhecidos do estilo. O regionalismo surge como afirmação da região, de suas particularidades, em relação ao conjunto da nação. É uma das manifestações da literatura moderna. O auge do regionalismo na literatura se dá entre os anos 30 e 50. Graciliano Ramos, Jorge Amado e José Lins do Rego são alguns dos nomes mais conhecidos. Uma das características principais desta literatura é a denúncia dos problemas sociais da região: a seca, a fome, a sede, os desmandos das elites locais, além de temas como CANGAÇO, Coronelismo, etc, são revividos. Na visão de Rubinho a vigência destes flagelos sociais ainda nos dias de hoje provoca a atualidade deste tipo de literatura.
SINOPSE DO LIVRO
Estudos que percorrem por alguns aspectos ligados ao período do Regionalismo, iniciado no fim da década de 20 e início de 30. Essa literatura trouxe uma linguagem seca e ríspida, apontando um novo realismo, inspirado pelas primeiras obras a retratarem o sertão, a seca, o banditismo, o coronelismo, o messianismo, no período do Modernismo. Autores como Graciliano Ramos, Lins do Rego, Jorge Amado, José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, formam o elenco dos escritores que trataram das temáticas regionalistas, seguindo uma linha de realismo crítico e representando os problemas do Brasil daquela época. Além disso, também trata de autores atuais que, através do uso de temáticas abordadas no período do Regionalismo de 30, tais como Cangaço, seca, coronelismo, ressignificam essa literatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário