segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A GRANDE CONSPIRAÇÃO EVIDENCIADA

Bruno Lima Rocha é cientista político

(www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)

A história aqui narrada é uma autêntica causadora de “comportamento de manada”, quando centenas de investidores seguiram os passos de agentes econômicos com projeção de força em nível planetário, e resolveram por simplesmente, quebrar um país. No caso, a Grécia.

Vazara por algumas publicações espanholas – como o diário Publico e jornais sindicais – que no dia 8 de fevereiro de 2010, no endereço localizado no número 767 da 3ª Avenida, em plena Nova Iorque, houve uma reunião de notáveis “jogadores vorazes” do mercado de capitais.

Ali se combinou de comum acordo, desvalorizar o euro e romper o que restara da coluna vertebral da Grécia.

Nesse episódio, cujo local físico era a sede da Monness, Crespi e Hardt (empresa que opera através de uma subsidiária da Goldman Sachs) estavam presentes, dentre outros operadores financeiros em escala planetária: Aaron Cowen, representante da SAC Capital Advisors, empresa fundada por Steven A. Cohen e que maneja 16 bilhões de dólares em fundos de investimento; David Einhorn, da Greenlight Capital, participante do ataque derradeiro a Lehman Brothers ocorrido no outono de 2008; Donald Morgan, da Brigade Capital, cuja mensagem organizacional ressalta que, dentre seus produtos incluem-se ativos tóxicos ou papéis podres; além de, obviamente, um representante do Fundo Soros.

Teria sido nessa noite do inverno na América do Norte quando se combinou, de forma orquestrada, um ataque aos papéis gregos.

Asseguro que não se trata de evento ocasional e menos ainda de teoria conspiratória. O que de fato ocorre são reuniões periódicas, desta envergadura, incluindo outro encontro semelhante, datado em plena quebradeira fraudulenta do segundo semestre de 2008.

Tais fatos são corroborados em documentários como “Capitalismo, uma história de amor”, de Michael Moore; e “Trabalho Interno”, de Charles Ferguson. Ora, se as reuniões são freqüentes e trata-se de informação privilegiada, porque a mídia especializada não as cobre, uma vez que tem acesso parcial? O acobertamento midiático dá-se por aí.

O Wall Street Journal deu uma nota apagada ao evento, vindo a publicar algo somente em sua edição de 26 de fevereiro de 2010. Em plena era digital, o portal de economia de Rupert Murdoch (controlador do conglomerado NEWS CORP) tarda 18 dias para dar uma informação estratégica para o futuro de mais de 11 milhões e duzentos mil cidadãos gregos.

Depois dessa, será que alguém ainda acredita em balelas como “equilíbrio ótimo” ou “racionalidade dos mercados”?!

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