Agora retorno.
Recolho as velas da minha nau imaginária.
Solto a âncora.
Desço ao cais.
Respiro fundo a solidão.
Olho o começo da noite, as luzes, as construções, e sigo.
Caminho lentamente.
A neblina molhas as pedras, me molha.
Chego à minha porta.
Entro.
Enxugo o rosto molhado com o braço.
Tomo um grogue.
Eis que chega seu sorriso luminoso.
Seu colo perfumado.
Seu olhar de madrugadas.
Nossa história comum.
Faz-se, primeiro o silêncio.
Depois, há vinho, cantigas e risos.
Dança-se.
Estou em casa.
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