sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

DO OUTONO DA VIDA




- Sinto saudades da minha juventude - responde - ou, melhor, do que essa juventude tornava possível... Por outro lado, descobri que o outono tranquiliza. Na minha idade, é necessário se sentir a salvo, longe dos sobressaltos produzidos pela primavera.
(...)
- Sei a que está se referindo - diz, finalmente. - Também acontece comigo. Um dia me dei conta de que havia mais pessoas desagradáveis nas ruas, os hóteis já não eram tão elegantes nem as viagens tão divertidas. Que as cidades estavam mais feias e os homens mais grosseiros ou menos atraentes...
(O Tango da Velha Guarda; Arturo Pérez-Reverte).

* Arte pinçada em oblogdafabrica.blogspot.com

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