Joaquim de Moura, o segundo da esquerda para a direita, no sentido horário (não considerar o homem de chapéu)
Ao escritor Ângelo Mário de Azevedo Dantas, autor da “CRONOLOGIA
DA POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE” (175 anos de história – 1834 a 2009),
volumes 1 e 2, prefácio de Manoel Onofre Jr.; edição do Autor; 2010; obra de
inestimável valor para os estudiosos da história do Rio Grande do Norte, encaminhei
a consulta seguinte:
Amigo,
Consulta ao grande
historiador da Polícia Militar do Rn:
Que temos acerca do
Coronel Joaquim Teixeira de Moura, importante no Governo Juvenal Lamartine?
Temos foto?
Um grande abraço,
Honório de Medeiros.
E recebi, prontamente, a seguinte resposta:
Como vai o amigo?
Quanto a Joaquim de Moura, temos sim!
Ele era um dos grandes homens de confiança de JL[1].
Era pau pra toda obra. Necessitando matar alguém era com ele mesmo. Aquela
"estória" da virada do caminhão que transportava Chico Pereira ficou
engasgada por muito tempo.
Eu vou separar aqui algumas informações que tenho sobre ele
e repasso ao amigo. Tenho apenas duas fotos. Uma consta do livro História do
Batalhão de Segurança. A outra foi tirada de um jornal de 1935, onde ele está
postado ao lado de outros oficiais.
Joaquim de Moura atingiu o posto de coronel ao ser
transferido para a reserva remunerada. Em serviço ativo só chegou a major, mas
o pessoal daquela época conquistava até três degraus quando se aposentava.
Coronel Bento Manuel de Medeiros, pai de Maurilio Pinto era
major quando passou para a reserva. Foi a tenente coronel por direito natural
(um posto a mais) e foi a coronel por ter participado da intentona de 1935.
Como ainda tinha direito a mais um posto e já tinha alcançado o mais elevado,
então ganhou um adicional de 20% nos vencimentos.
Isso ocorreu com inumeros oficiais. Tivemos um oficial chamado
Antonio Mozart Soares - genitor do coronel Simar Lasfir Soares. Ele foi pra
reserva no posto de capitão era capitão quando atingiu o tempo de serviço para
a reserva e foi promovido a major, tenente coronel e coronel num mesmo ato,
justamente porque tinha direito a três promoções. A chamada lei de guerra e de
esforço de guerra também beneficiou policiais militares. Este era o terceiro
direito.
Ok, amigo: Vamos lá - da esquerda para a direita (o cara de
chapéu nada tem a ver):
1) Tenente Francisco Bilac de Faria - parente de
Juvenal Lamartine. Ele era o oficial de dia em 23 de novembro de 1935, quando
irrompeu a Intentona Comunista aqui em Natal. Bilac chegou a Coronel e foi
deputado estadual nos anos 60, salvo engano.
Como capitão, foi prefeito nomeado de Martins. Outro
detalhe: foi o primeiro oficial combatente a se formar em odontologia, isso em
1940, e chegou a atuar como dentista da PM mesmo antes de se formar. Tais
informações constarão do meu futuro livro - História do Serviço de Saúde da
PM-RN que pretendo publicar em agosto próximo.
2) Capitão Joaquim Teixeira de Moura;
3) Tenente Coronel
Luis Júlio - que era o Cmt da PM na Intentona de 1935. Ele também era sogro do
Dr. Onofre Lopes da Silva - patrono do atual Hospital Universitário. Era
cunhado do Tenente-Coronel Jacinto Tavares Ferreira que concluiu o inquérito
policial contra Lampião acerca do Fogo da Caiçara.
Luis Júlio era tio da minha avó paterna, fato que descobri há
cerca de quatro anos passados. Antes de 1970, morei na Av. Rio Branco, quase
esquina com a Juvino Barreto e me lembro bem de um irmão mais novo do coronel
Luis Júlio. Chamavam-no "Dinda" e ele gostava muito de mim, me levava
para tirar retrato 3x4, cortar o cabelo etc.
4. Tenente Severino
Raul Gadelha - era o Cmt do Esquadrão de Cavalaria durante a intentona. Chegou
a ser Cmt Geral da PM nos anos 50.
[1]
Juvenal Lamartine.
Nenhum comentário:
Postar um comentário