Massilon, Lampião e Sabino, da esquerda para a direita de quem olha
Honório de Medeiros
Em 11 de maio de 1927 Lampião penetrou no município de Jardim, Ceará, a légua e meia da vila de Porteiras.
No dia 12 de maio seguiu viagem até a Serra do Diamante, terras do Coronel Isaías Arruda de Figueiredo, chefe político de Aurora e Missão Velha, no Ceará.
Buscava refúgio e se municiar. É o que nos contou o cangaceiro “Mormaço” quando interrogado em Pau dos Ferros, RN; Martins, RN; Mossoró, RN; e Crato, CE.
Conta-nos Sérgio Dantas:
Em 10 de maio de 1927 Massilon tinha atacado Apodi, Gavião e Itaú. Como a empreitada fora toda orquestrada por Isaías Arruda, a pedido de Décio Hollanda, uma vez cumprido seu desiderato tomou o rumo de Aurora, Ceará, na qual chega pelo dia 13 de maio para prestar contas.
Conta-nos Sérgio Dantas:
Aurora, penúltima semana de maio. Há dias Lampião já retornara da fracassada incursão à Paraíba. Finalmente – após longo périplo pontilhado de inúmeros percalços – alcançara o indevassável coito da Serra do Diamante, de Isaías Arruda.
Em dias subseqüentes, Lampião recebeu a visita de José Cardoso, parente do Coronel. Deslocara-se o fazendeiro até o valhacouto para apresentar-lhe o cangaceiro Massilon Leite.
O encontro de Lampião com Massilon, deu-se em dias de maio, após o assalto a Apodi. Até aí, Lampião desconhecia completamente o novel bandoleiro. O cangaceiro Mormaço, em interrogatórios consignados nos processo-crime instaurados nas Comarcas de Martins e Pau dos Ferros, ambos em 1927, deixa claro esse particular. Também, nesse sentido, depoimento prestado por Jararaca à Polícia no mesmo ano. Todos são unânimes quanto à época do encontro (“LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE”; DANTAS, Sérgio Augusto de Souza; Cartgraf – GRÁFICA EDITORA; 2005; Natal; RN).
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