https://estudiopratyahara.com.br/2019/03/03/noite-chuvosa-1314/
* Honório de Medeiros (honóriodemedeiros@gmail.com).
Agora, retorno.
Recolho as velas da minha nau imaginária.
Solto a âncora.
Desço ao cais.
Respiro fundo a solidão da noite.
Olho as luzes, as construções, e sigo.
Caminho lentamente.
A neblina molha as pedras, me molha.
Chego à minha porta.
Entro.
Enxugo o rosto molhado com o braço.
Tomo um grogue.
Eis que chega seu sorriso luminoso,
Seu colo perfumado,
Seu olhar de madrugadas.
Nossa história comum.
Então, primeiro há o silêncio.
Depois, vinho, cantigas e risos.
Dança-se.
Estou em casa.
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