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* Honório de Medeiros
Então, inocentes, supomos que estamos acordados. Doce ilusão. Às vezes amarga. Na verdade estamos dormindo. Dormindo e sonhando. Não adianta imaginarmos que estamos nos sentindo, nos tocamos, beliscamos, percebemos uma realidade que se descortina ante nossos olhos. Ocorre que estamos sonhando que sentimos, que vemos, que ouvimos. Tudo isso é ilusão. Não posso provar que estamos sonhando, nem posso provar que não estamos. Esse é o problema. O pior é que pode ser, não é impossível isso, que o sonho nem nosso seja. Sejamos apenas o sonho do sonho de alguém.
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