Regina Azevedo*
Entrevista originariamente postada em "OCHAPLIN.COM"
Bárbara de Medeiros nasceu dia 27 de fevereiro de 1998, em Natal. Com 13 anos de idade, escreveu – e publicou! – um drama psicológico chamado ”O Escritor de Sonhos” e conquistou muitos amigos, fãs, e, sobretudo, leitores vorazes. Hoje, beirando os 16 anos, ela conversa com a gente sobre literatura, projetos futuros e incentivo.
O CHAPLIN: Com quantos anos você começou a escrever?
Eu comecei a escrever assim que aprendi a escrever: com 6 anos de idade. Eu não me lembro de uma data especial na qual eu decidi ser escritora. Desde sempre quis fazer isso. Mesmo quando dizia: ”mamãe, quero ser bailarina”, eu queria ser bailarina e escritora. Pra mim, um escritor era uma espécie de mágico. E isso, acredite, é muito bom.
O CHAPLIN: Vamos falar sobre família. Qual a participação de seus pais e familiares em tudo isso?
Meus pais são muito interessados em leitura. Meu pai, aliás, é escritor. Desde muito cedo, fui incentivada a ler. Fiquei fascinada pela leitura. O incentivo a escrever veio automaticamente, depois disso.
O CHAPLIN: O que você lia aos 6 anos? E hoje em dia, quase 10 anos depois, o que você costuma ler?
Eu lia fantasia e gostava muito de histórias em quadrinho, em especial Turma de Mônica. Hoje em dia, continuo gostando de ambas as coisas, mas também leio muita ficção científica, biografias, terror e drama.
O CHAPLIN: O Escritor de Sonhos é seu primeiro livro publicado. Um drama psicológico, certo? Como foi o processo de escrita e criação desse livro?
Escrever é sempre doloroso. Escrevi esse livro em um único mês, o último do ano letivo, e fiquei como uma morta-viva: quase não comia, não falava – e eu falo muito! – e todo mundo percebeu como eu fiquei diferente. O processo foi extremamente desgastante: o antes, o depois e, claro, o durante.
O CHAPLIN: Nem mesmo algumas das pessoas que leram o livro sabem definir o que REALMENTE a trama fala. Na sua cabeça, o que essa história conta?
“O Escritor de Sonhos” fala sobre um homem que mora num hospício, e, como ele não pode viver – porque ninguém vive num hospício; aquilo não é vida -, ele começa a sonhar. Com o livro, eu ambiciono questionar se quando a gente passa a viver através de sonhos, o sonho passa a ser vida, e a vida, um sonho. É basicamente isso.
O CHAPLIN: Você tem muito bloqueio de escritor? Como você lida com isso?
Eu tenho muito mesmo, mas procuro continuar escrevendo, de qualquer forma, mesmo que seja sobre o bloqueio, a falta de inspiração e tudo o mais. Sento à mesa e: vamos lá, Bárbara!
O CHAPLIN: Quando você escreveu seu livro, você fazia o 8º ano na ED (Escola Doméstica de Natal, uma escola tradicional que faz parte de um complexo escolar bastante renomado em terras natalenses). A escola te deu algum apoio?
Não. Apoio zero, inicialmente. Nem sabiam que eu estava escrevendo um livro, aliás. Mas os meus professores preferidos foram ao lançamento, porque eu os convidei, e isso foi muito importante pra mim. Alguns meses após o lançamento, a escola me deu a oportunidade de palestrar no Dia do Livro, e eu adorei, primeiro porque eu adoro palestrar e depois porque, na ocasião, eu conheci dois escritores que se tornaram grandes amigos: Jorge Enrique e José de Castro. Foi muito legal.
O CHAPLIN: E os planos para o futuro? O que você pretende fazer?
Eu estou editando meu livro Sindicato das Bailarinas Circenses, que é uma antologia de textos – poemas, contos, crônicas – inéditos ou já publicados no meio virtual. Mais além, só quero viver. É isso. E ser diplomata.
O livro de Bárbara está à venda na Saraiva do Midway Mall e você também pode comprá-lo através do e-mail barbie.bldm@gmail.com. (R$35)
* Poeta, performer em estudo e agitadora. fundei o iapois poesia, publiquei ''das vezes que morri em você'' (jovens escribas) e escrevo às vezes pro reginazvdo.tumblr.com. tenho um peixe chamado cachorro e amo bukowski.
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