O Grande Inquisidor, Dostoiévsky
Honório de Medeiros
Carlos Santos houve por bem transcrever, em seu blog (http://blogcarlossantos.com.br/a-construcao-historica-da-figura-do-cangaceiro/#comments) um texto produzido por mim e publicado em meu blog acerca de um tema que abordarei em uma mesa-redonda em Sousa, na Paraíba.
Nos COMENTÁRIOS, me deparei com o seguinte comentário: “Em pleno século 21 ainda se fala de um coisa tão irrelevante e inexpressiva! Tantos assuntos importantes a serem questionados. Esse tipo de assunto é para ser apagado da história diante a sua insignificância.”
Dado a agressividade e o preconceito do comentário, resolvi responder ao comentador, mesmo não o conhecendo. Eis a resposta:
Caro XXX:
Lamento não conhecê-lo: quem sabe pudéssemos tomar um café e eu lhe ouvir acerca de quais assuntos são realmente importantes e merecedores de serem questionados.
Quem sabe, assim, eu não cometesse o deslize de me apaixonar por temas de nossa história próxima e umbilical, como o cangaço, que nos permitem pensar acerca das estruturas de poder que acompanham o homem desde seus primeiros passos na terra.
É provável que se você me desse a palavra, eu nada lhe dissesse de importante, pois além de cangaço gosto de poesia, especialmente a de Mário Quintana, tão permeada da banalidade (ou não) do cotidiano. E também gosto de conversar acerca de “óvnis”, já pensou?
Ah! Dentre os assuntos que converso quando estou reunido com meus poucos e queridos amigos, está nosso (meu e deles) passado comum, nitidamente um assunto pouco importante para os outros, muito embora seja a medula da literatura que batizamos de crônicas.
Mas temo não ser um bom interlocutor para você: ao contrário do que muitos pensam, tudo que é humano me interessa, parodiando Terêncio, desde cangaço à literatura de cordel.
Sendo assim, caro XXX, é melhor deixarmos esse hipotético café para nunca.
Honório de Medeiros
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