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Publico a mensagem abaixo, como recebi:
"Caro Editor:
Como
cidadão e admirador da briosa Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte
e de sua Secretaria de Estado da Segurança Pública, tenho que me solidarizar
com essas vetustas instituições ante o contínuo, crescente e agressivo
desrespeito com o qual a bandidagem inescrupulosa anda lhes tratando, e com a
insistência com que tal fato é dado ao conhecimento da população por intermédio
da tal da rede social (Orkut, Facebook, Twitter, etc. e tal) e, também, embora
palidamente e sem qualquer aprofundamento, graças a Deus, pela cansada e
ineficiente imprensa escrita, radio difundida e televisada.
Bem que eu desconfiava que a culpa dessa
falta de respeito fosse da mídia, ao provocar indiretamente o aumento da
sensação de insegurança. Como nosso glorioso líder Lula deixou claro,
recentemente, depois de ter se comparado muito justamente a Jesus: a mídia
insiste em persegui-lo, hoje, como perseguiu, antes, Abraham Lincoln. Somente
não vê quem não sabe das coisas e a oposição doentia. Pois é o caso, na nação
potiguar: trata-se, claramente, de perseguição da mídia pacificada.
E é
fácil perceber que ele, o glorioso líder, tem razão: por que não deixar para lá
esse noticiário horrendo, acerca de educação, segurança pública, saúde,
corrupção, insinuações veladas e insidiosas acerca de sua honorabilidade
marital, e cuidar de apresentar toda a maravilha que é o Brasil hoje, esse país
sem igual, sem terremotos, sem inflação, sem pobreza extrema, no qual
acontecerá a Copa do Mundo de 2014?
Pois essa mídia sorrateira, a das redes
sociais, insiste em ir contra os dados apresentados pelo Secretário de
Segurança do Estado do Rio Grande do Norte, que recentemente, muito
recentemente, provou por A + B, estar a insegurança em declínio e que,
continuando nesse ritmo, muito em breve viveremos uma realidade semelhante à da
Suíça. Aberta como ela é, a mídia social, quando deveria ser controlada por
quem pudesse, graças a seu preparo, sua ética, seus desígnios para o futuro, escolher
quais assuntos deveriam cair na rede, fica apresentando relatos e mais relatos
de cidadãos que foram vítimas da violência e não procuraram a Polícia porque
supostamente perderam a fé em sua ação, desmoralizada que foi pela bandidagem.
Tudo falso, haja vista os dados oficiais colhidos cientificamente,
cientificamente, repito.
Em certas rodas das quais participo pela
cidade, insisto em me colocar contra a versão que corre em disparada dando
conta de que o Secretário de Segurança não tem conhecimento da maquiagem dos
dados que apresenta na mídia paga. Eu digo sempre que isso não é verdade, e que
não há mídia no Rio Grande do Norte pacificada a dinheiro. Isso, obviamente, é
intriga dos descontentes e desavisados, dos inocentes úteis, daqueles que preferem
ver o caos a construir um Estado com base na Ordem e no Progresso.
Alguns, mais audaciosos, por mim
combatidos veementemente, querem convidar o Secretário para uma pesquisa nas
ruas da cidade, com seus cidadãos, aos quais lhes seriam apresentada uma questão
segundo eles muito simples: “o(a) senhor(a) já foi assaltado?”. Depois da
pesquisa o resultado seria confrontado com aquelas que são apresentadas pelo
Secretário para se chegar a um denominador comum, e concluir acerca de quem
está certo ou errado. Sou contra, digo sempre, por uma razão muito simples: em
primeiro lugar devemos nomear uma comissão, composta por todos os órgãos que
lidam com a segurança no Estado, além da Ufrn, Uern e Ifrn, para definir qual a
metodologia a ser corretamente aplicada. Só então, e com a mais perfeita
segurança, poderíamos pensar na possibilidade de aplicação de uma pesquisa
desse tipo.
Por outro lado, somente não enxerga quem
não quer: é nítido o esforço do Governo no que diz respeito à Segurança
Pública: carros e mais carros são comprados, armas e mais armas, coletes e mais
coletes, portanto, se o crime persiste em aumentar, não é problema da
Secretaria de Segurança Pública, afinal de contas quem poderia prever a
epidemia de crack que toma conta do país? E não adianta argumentarem com a
situação de Nova York. Todo mundo sabe que Nova York é Nova York, e o que
funciona lá não funciona aqui, e o que funciona em Tóquio, não funciona aqui, e
o que funciona em Berlim, não funciona aqui. É tão fácil perceber isso, por que
será que as tais redes sociais não percebem isso, e continuam apontando aquelas
cidades como exemplo a ser seguido? Continuo achando que não percebem porque
não são controladas como deviam ser, e, como não o são, sua ação termina
incentivando a sensação de insegurança pela qual passa a Sociedade, e que
tantos danos causa ao turismo, e, portanto, à economia. Em um país sério, essa
mídia já estaria controlada.
Portanto, receba a briosa Polícia
Militar, o Secretário de Segurança e o Governo no Estado minha solidariedade.
Ora, todos nós sabemos que o Governo quer o melhor para a população, mas nem
sempre isso é possível: quem seria capaz de prever uma seca como esta que está
acontecendo, justo quando muitos recursos estão sendo disponibilizados para a
construção da Arena das Dunas, a futura redenção econômica do Rio Grande do
Norte?
E, por favor, não me venham falar em
dinheiro gasto com propaganda: é óbvio, até para os mais xiitas dos críticos,
que a população precisa saber o que está sendo feito com o dinheiro dos
impostos. Eu penso que isso está na Constituição do Brasil. É um direito
fundamental, uma cláusula pétrea, o de sermos informados pelo Governo.
Como se pode perceber claramente, o que
há é muito falatório e pouca ação: criticam, mas não apresentam propostas
viáveis. Ficam nessa ladainha, nesse nhém-nhém-nhém, mas são incapazes de
ajudar, fazendo, por exemplo, uma autocrítica quando vão publicar matérias
acerca da insegurança no Estado, se perguntando acerca das conseqüências
sociais danosas de suas publicações.
Por
essas e outras reitero minha solidariedade à briosa Polícia Militar do Estado
do Rio Grande do Norte e sua Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Seu leitor de sempre,
Antônio Apolinário do Amaral"
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