quarta-feira, 13 de março de 2013

CIDADÃO ESBRAVEJA EM DEFESA DA POLÍCIA E DO GOVERNO


bizudepraca.blogspot.com
                           
 
Publico a mensagem abaixo, como recebi:
 
"Caro Editor:


Como cidadão e admirador da briosa Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte e de sua Secretaria de Estado da Segurança Pública, tenho que me solidarizar com essas vetustas instituições ante o contínuo, crescente e agressivo desrespeito com o qual a bandidagem inescrupulosa anda lhes tratando, e com a insistência com que tal fato é dado ao conhecimento da população por intermédio da tal da rede social (Orkut, Facebook, Twitter, etc. e tal) e, também, embora palidamente e sem qualquer aprofundamento, graças a Deus, pela cansada e ineficiente imprensa escrita, radio difundida e televisada.

                            Bem que eu desconfiava que a culpa dessa falta de respeito fosse da mídia, ao provocar indiretamente o aumento da sensação de insegurança. Como nosso glorioso líder Lula deixou claro, recentemente, depois de ter se comparado muito justamente a Jesus: a mídia insiste em persegui-lo, hoje, como perseguiu, antes, Abraham Lincoln. Somente não vê quem não sabe das coisas e a oposição doentia. Pois é o caso, na nação potiguar: trata-se, claramente, de perseguição da mídia pacificada.

E é fácil perceber que ele, o glorioso líder, tem razão: por que não deixar para lá esse noticiário horrendo, acerca de educação, segurança pública, saúde, corrupção, insinuações veladas e insidiosas acerca de sua honorabilidade marital, e cuidar de apresentar toda a maravilha que é o Brasil hoje, esse país sem igual, sem terremotos, sem inflação, sem pobreza extrema, no qual acontecerá a Copa do Mundo de 2014?

                            Pois essa mídia sorrateira, a das redes sociais, insiste em ir contra os dados apresentados pelo Secretário de Segurança do Estado do Rio Grande do Norte, que recentemente, muito recentemente, provou por A + B, estar a insegurança em declínio e que, continuando nesse ritmo, muito em breve viveremos uma realidade semelhante à da Suíça. Aberta como ela é, a mídia social, quando deveria ser controlada por quem pudesse, graças a seu preparo, sua ética, seus desígnios para o futuro, escolher quais assuntos deveriam cair na rede, fica apresentando relatos e mais relatos de cidadãos que foram vítimas da violência e não procuraram a Polícia porque supostamente perderam a fé em sua ação, desmoralizada que foi pela bandidagem. Tudo falso, haja vista os dados oficiais colhidos cientificamente, cientificamente, repito.

                            Em certas rodas das quais participo pela cidade, insisto em me colocar contra a versão que corre em disparada dando conta de que o Secretário de Segurança não tem conhecimento da maquiagem dos dados que apresenta na mídia paga. Eu digo sempre que isso não é verdade, e que não há mídia no Rio Grande do Norte pacificada a dinheiro. Isso, obviamente, é intriga dos descontentes e desavisados, dos inocentes úteis, daqueles que preferem ver o caos a construir um Estado com base na Ordem e no Progresso.

                            Alguns, mais audaciosos, por mim combatidos veementemente, querem convidar o Secretário para uma pesquisa nas ruas da cidade, com seus cidadãos, aos quais lhes seriam apresentada uma questão segundo eles muito simples: “o(a) senhor(a) já foi assaltado?”. Depois da pesquisa o resultado seria confrontado com aquelas que são apresentadas pelo Secretário para se chegar a um denominador comum, e concluir acerca de quem está certo ou errado. Sou contra, digo sempre, por uma razão muito simples: em primeiro lugar devemos nomear uma comissão, composta por todos os órgãos que lidam com a segurança no Estado, além da Ufrn, Uern e Ifrn, para definir qual a metodologia a ser corretamente aplicada. Só então, e com a mais perfeita segurança, poderíamos pensar na possibilidade de aplicação de uma pesquisa desse tipo.

                            Por outro lado, somente não enxerga quem não quer: é nítido o esforço do Governo no que diz respeito à Segurança Pública: carros e mais carros são comprados, armas e mais armas, coletes e mais coletes, portanto, se o crime persiste em aumentar, não é problema da Secretaria de Segurança Pública, afinal de contas quem poderia prever a epidemia de crack que toma conta do país? E não adianta argumentarem com a situação de Nova York. Todo mundo sabe que Nova York é Nova York, e o que funciona lá não funciona aqui, e o que funciona em Tóquio, não funciona aqui, e o que funciona em Berlim, não funciona aqui. É tão fácil perceber isso, por que será que as tais redes sociais não percebem isso, e continuam apontando aquelas cidades como exemplo a ser seguido? Continuo achando que não percebem porque não são controladas como deviam ser, e, como não o são, sua ação termina incentivando a sensação de insegurança pela qual passa a Sociedade, e que tantos danos causa ao turismo, e, portanto, à economia. Em um país sério, essa mídia já estaria controlada.

                            Portanto, receba a briosa Polícia Militar, o Secretário de Segurança e o Governo no Estado minha solidariedade. Ora, todos nós sabemos que o Governo quer o melhor para a população, mas nem sempre isso é possível: quem seria capaz de prever uma seca como esta que está acontecendo, justo quando muitos recursos estão sendo disponibilizados para a construção da Arena das Dunas, a futura redenção econômica do Rio Grande do Norte?

                            E, por favor, não me venham falar em dinheiro gasto com propaganda: é óbvio, até para os mais xiitas dos críticos, que a população precisa saber o que está sendo feito com o dinheiro dos impostos. Eu penso que isso está na Constituição do Brasil. É um direito fundamental, uma cláusula pétrea, o de sermos informados pelo Governo.

                            Como se pode perceber claramente, o que há é muito falatório e pouca ação: criticam, mas não apresentam propostas viáveis. Ficam nessa ladainha, nesse nhém-nhém-nhém, mas são incapazes de ajudar, fazendo, por exemplo, uma autocrítica quando vão publicar matérias acerca da insegurança no Estado, se perguntando acerca das conseqüências sociais danosas de suas publicações.

Por essas e outras reitero minha solidariedade à briosa Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte e sua Secretaria de Estado da Segurança Pública.

                            Seu leitor de sempre,

                            Antônio Apolinário do Amaral"
 
* Não estava datada!

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