domingo, 13 de maio de 2018

MÃE

* Honório de Medeiros

Minha homenagem às mães será por intermédio do belo poema de Manoel Cavalcante, poeta cuja arte arribou voo de Pau dos Ferros para o mundo:

“A mãe sofre dos nervos, pressão alta
Faz as coisas pra gente, se desdobra,
Quando o filho se ausenta, sente falta,
Quando a falta maltrata, o pranto sobra.
Todo filho abundante em grosseria
Não calcula um por cento da magia
Que o ser mãe irradia em dom profundo...
Cale a voz, baixe a guarda, enxergue a lida,
Se você tem a dádiva da vida
Foi por ter mãe pra lhe trazer ao mundo.

A mãe pede pro filho, briga e luta
Não escuta a blasfêmia que ele fala
Quando o filho lhe grita, ela se cala,
Mas se o filho pedir, ela lhe escuta.
O que fez e o que faz nunca desfruta
Traz o bem, leva a paz pra onde for
No caminho de espinhos só vê flor
Perde a vista dos olhos, nunca o brilho,
Pega todo desgosto de seu filho
E no peito ferido faz amor.

Feliz dia do amor.”

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