domingo, 1 de outubro de 2017

DE IRONIA

* Honório de Medeiros

Não gosto de ironias.

Pressupõem uma superioridade inexistente.


Com os fracos é covardia; com os iguais, desrespeito; com os fortes, temeridade.


A auto-ironia é condescendência, algo perigoso: incompreensível para os ignorantes e brecha por onde entra o raciocínio dos inteligentes.


A polidez, que não se confunde com a gentileza, é bem mais correta e eficaz.


Não destrata e mantém a distância. 

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