Honório de Medeiros
Para os tempos que virão,
Ó Pai, comprei armas.
Não me condene, peço-Lhe,
A palavra se tornou vã.
Lutarei pelos meus, creio,
Pelo pão de cada dia.
Pelo cobertor, a água de beber,
Serei duro, cruel, insensível.
Estamos condenados, Pai?
Somos todos o Mal?
Do que se alimenta esse horror,
A miséria, a doença, as trevas?
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