François Silvestre
Recebi hoje, do amigo e oficial de justiça Darlan Moura, mais uma citação. Da Quarta Vara Criminal, via Carta Precatória.
Como já disse, toda Ação contra mim tornarei pública, antes da manchete de picaretagem. Não quero segredo de justiça. Só justiça.
Sabe qual é o crime desta Ação? Deixei de responder ofícios do MP. Processo criminal. Aliás, em pesquisa recente, apenas sete por cento dos inquéritos por homicídios chegam a termo no Estado. Tempo de sobra para o delírio jurídico. E gente morrendo feito rato, em 93 por cento de inquéritos ao vento.
Não respondi, segundo a denúncia, quatro ofícios em 2005. Para eu explicar por que não criava rampas de acesso em quatro edificações históricas de Natal. Exigindo que eu praticasse uma ilegalidade.
Parece até brincadeira. Atravessou a fronteira do ridículo. Enquanto as ruas são propriedade da bandidagem e os cidadãos enjaulados.
Sou um “criminoso” fácil de apanhar. Lotado em Pau dos Ferros, defendo a Fazenda Pública em dez Comarcas. Patroa de juízes, procuradores, promotores. Roubada por corruptos e esbanjada por holofotes. Percorro as dez Comarcas no meu carro particular. O Estado não me paga um copo de gasolina.
Restaurei o Palácio da Cultura, que nunca mereceu a preocupação do MP. Recuperei o Forte, com acesso e estacionamento, rebocos e retelhamento. Iluminei-o de forma exuberantemente bela. Com material de primeira. Mas não poderia criar rampas de acesso para deficientes e idosos, por impedimento legal.
Desafio o promotor a descrever, por dentro, o Museu Café Filho. Nunca foi lá. Nunca vi um desses promotores prestigiando ação cultural do Estado.
Todas as edificações objetos da determinação “genial” estão sob legislação vigente de Tombamento do Patrimônio Cultural e Artístico. Basta ver a lei.
Se eu fizesse isso seria processado pela outra parte do MP. A que cuida da legalidade do patrimônio ou a que cuida das licitações. Como a FJA possui uma Coordenação de Obras; com Engenheiros, arquitetos e mestres de obras, eu faria tudo com dispensa de licitação. Fiz muita coisa assim. E fui processado noutras ações pelo que fiz. Esse agora é um processo pelo que não fiz. Nunca se fez rampa no Forte. Nunca se fará. Ele é mais antigo do que Natal. Quem quer ser levado a sério precisa agir com seriedade. Só faltou um ofício exigindo que eu fizesse um surdo de nascença ouvir o concerto da Orquestra.
A molecada tá fazendo vestibular pra Direito a torto e a direito. Vocação jurídica? Só sendo! Olho nos salários e vantagens. Grana gorda!
Temos segurança pública plena. Saúde pública exemplar. Educação pública de fazer inveja à Suécia. Promotores serenos e longe dos holofotes. Verdade? Ou isso é fantasia da ilha de Sancho Pança? Té mais.
Um comentário:
Grande François Silvestre!
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