Ah, você que se situa como antítese do que não perece.
Do vazio.
Somente seu coração bate.
Você que olha a noite escura recortada por pontos de luz,
e não encontrou o limite entre o horizonte e a matéria.
Sua busca somente encontra solidão.
Solidão.
Não há caminhos, não há som, somente espaço.
O nada.
A plenitude do nada.
Imobilidade aniquilante, o silêncio escoimando a vida,
a imensidão do céu estrelado.
Noite, silêncio, imobilidade.
Espaço, tempo.
O tempo não passa, é.
Solidão.
Eu lhe digo: a solidão é imobilidade e silêncio.
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