Gore Vidal
"Uma década mais tarde, quando escrevi que o cinema tinha substituído o romance como forma central de arte de nossa civilização, fui criticado por ter dito que o romance estava morto, e me mandaram ler listas de fantásticos romances novos. É óbvio que o romance sério, ou o romance-arte, ou seja como for que quiserem chamar o romance-enquanto-literatura continuará sendo escrito; afinal de contas a poesia está florescendo sem o amparo do leitor comum. Mas é também um fato que dificilmente uma pessoa que não faça parte de uma instituição tenderá a dar atenção a qualquer desses artefatos literários (...)
Mas Fitzgerald percebeu que o romance estava sendo suplantado pelo cinema; também percebeu que o cinema, sob todos os pontos de vista, é inferior ao romance enquanto forma de arte - se é que uma atividade coletiva como o cinema pode ser considerada uma arte" ("De Fato e de Ficção"; Gore Vidal).
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