quinta-feira, 30 de junho de 2022

FLANAR

 

Imagem por http://lounge.obviousmag.org/pathos/2012/02/cronica-de-um-flaneur-tropical.html

* Honório de Medeiros
(honoriodemedeiros@gmail.com)

Sair por aí, qual um flâneur, em busca de arrebatar uma flor para colocar na lapela ou na casa do botão, de beber uma xícara de café ou taça de vinho, quem sabe de arrancar um sorriso de alguém que passa com um certo ar melancólico, tudo isso sem lembrar o passado e o que ele evoca e provoca, tampouco se preocupar com o futuro, embriagado de liberdade, apenas vivendo o momento presente, ou seja, uma doce mistura de esperança e ilusão, até que os dias se transformem em neblina, depois em chuva, e venha o adeus, quando não há mais o agora.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

A SEMENTE DO MAL, UMA ALEGORIA

 


* Honório de Medeiros

(honoriodemedeiros@gmail.com) 

3,3 Mas do fruto da aárvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.

3,5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos aolhos, e sereis como Deus, bconhecendo o bem e o mal.



No preciso momento no qual o Homem mordeu o fruto da proibido, a semente do mal tombou na terra fértil, e começou a germinar.

A semente cresceu vertiginosamente. Hoje, é uma floresta.

Houve um momento, há muito tempo, no qual Alguém veio e alertou o Homem.

O Homem não lhe deu ouvidos, assim como, no início de Tudo, também não o fizera quando fora alertado acerca do perigo de morder o fruto proibido.

Duas vezes o Homem desprezou o que lhe disseram. Haverá uma terceira oportunidade?

As folhas, os ramos, os galhos, as árvores, ou seja, os filhos da semente do mal estão em toda parte: no coração do Homem, no seio das Famílias, entre as Nações...

Desde há muito o Homem tenta entender as razões de sua presença, mas, desde a madrugada dos tempos, por mais que estude, nada conseguiu.

Sequer arranhou a superfície do Mal, pois não percebeu e aceitou que o fundamental, o primordial, o essencial, repousa naquela semente primitiva, da qual tudo é causa e consequência.

Não percebeu o Mal, como de fato ele é, pois muitas são suas faces.