Do retalhosdoquesou.blogspot.com
Regina Azevedo
reginazvdo.blogspot.com.br
Em janeiro, li 'As vantagens de ser invisível', e chorei bastante,
porque, além de ter me identificado muito com as histórias, o livro é tocante e
muito lindo.
Quem nunca se sentiu infinito?
Eu já.
A primeira vez em que me senti infinita foi quando li esse livro. A
segunda foi quando tive um pesadelo e meu pai cantou pra mim, enquanto me
balançava numa rede, até eu adormecer. A terceira vez foi quando senti um calor
gigante, e tomei um quase-banho numa pia, e minha roupa ficou toda molhada -
uma coisa linda de se ver. A quarta vez foi quando tomei banho, depois de um
dia extremamente cansativo, e adormeci sem roupa alguma, completamente molhada,
debaixo dos lençóis. A quinta vez foi quando me disseram que algo que eu tinha
escrito tinha mudado uma vida. A sexta vez foi quando eu assisti o filme 'O
lado bom da vida', e fiquei dançando, ali, no meio do filme, um monte de gente
olhando. A sétima vez foi quando eu fiquei brincando de ser feliz, em um balanço
que, teoricamente, só suportaria metade do meu peso. A oitava vez - e já estou
ficando cansada desses números ''ordinários'' - foi quando dancei tanto que
acordei completamente dolorida, no outro dia. A oitava vez, e não menos
importante, foi quando comprei minha nova sapatilha de ballet e dancei e dancei
e dancei, como se eu fosse a única no mundo e o mundo inteiro fosse vários.
Mas, e quando esse sentir-se infinito não acaba nunca?, me pego
perguntando, pouco tempo atrás.
Dizem que eu estou apaixonada. Meus olhos brilham, meus poemas ganharam
um quê de paixão e eu vivo chorando. Mas, oras! Eu sempre fui apaixonada.
Pelos pássaros.
E quem nunca?!
Pois que digam. Espalhem em todos os reinos, façam a notícia correr rios
e lagos, mandem avisar aos reis. Ordenem ao (ex-)papa que não renuncie, porque
REGINA ESTÁ APAIXONADA!
Estou apaixonada por um simples e único motivo: poder me apaixonar.
E se não existisse ninguém que cativasse outros a tal ponto de fazer
olhos brilharem e textos ganharam mais paixão? Como seria o mundo?
Por Jesus, Maria e Vishnu.
Estarei apaixonada até o dia em que estiver viva.
Se não por algo, por tudo! Por um pássaro, por um canto, por um olho,
por uma lágrima de canto de olho, uma dança, uma música, um poema, uma
palavra...
E espero que o Infinito inteiro me faça sentir infinita, sempre.
Porque se não for assim, eu não quero ser nada.
P.S.: Esqueçam essa
história de pedir pro (ex-)papa não renunciar, porque eu quero é um papa mais
pop!
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