Mostrando postagens com marcador Poemas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Poemas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

OS TEMPOS QUE VIRÃO




Honório de Medeiros


Para os tempos que virão,
Ó Pai, comprei armas.
Não me condene, peço-Lhe,
A palavra se tornou vã.

Lutarei pelos meus, creio,
Pelo pão de cada dia.
Pelo cobertor, a água de beber,
Serei duro, cruel, insensível.

Estamos condenados, Pai?
Somos todos o Mal?

Do que se alimenta esse horror,
A miséria, a doença, as trevas?

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MINHA ALMA É CHAMA




Honório de Medeiros


A minha própria alma é esta chama,
insaciável de infinitos.
Flameja para o desconhecido sua ânsia,
é preciso asas quando se ama o abismo.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

DO ABISMO, A QUEDA?

 
 
Honório de Medeiros
 
Nada espere de mim:
sou todos, sou ninguém.
De mim colherá um instante,
apenas.
Nele, o que há?
O sopro de um Deus;
A gota de chuva na tempestade;
Ao léu, frases pinçadas;
Do abismo, a queda...
Todos homens são Um,
um homem é Todos.
Tudo espere de mim.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O PESO DO MEU SILÊNCIO



Honório de Medeiros


Não me exporei,
cá estou.
Venha, se puder.
Busque-me.
Assim o farei eu,
se o desejar.
Nada tenho que valha a pena
dizer,
por enquanto.
Não sei se tive,
ou terei.
Eu lhe digo mais,
agora,
com meu silêncio.

sábado, 9 de novembro de 2013

POESÍA VERTICAL

Roberto Juarroz
 
 
Às vezes parece
que estamos no centro da festa
No entanto
no centro da festa não há ninguém
No centro da festa está o vazio
Mas no centro do vazio há outra festa

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A CANÇÃO DE AMOR DE J. ALFRED PRUFROCK




Thomas Stearns Eliot (1888-1965)
Prêmio Nobel de literatura em 1948



S'io credesse che mia risposta fosse
A persona che mai tornasse al mondo,
Questa fiamma staria senza piu scosse.
Ma perciocche giammai di questo fondo
Non torno vivo alcun, s'i'odo il vero,
Senza tema d'infamia ti rispondo.
Dante Alighieri. Ladivina Commédia
Inferno, XXVII, 61-66 (N. do T.)
 
 
 
Sigamos então, tu e eu,
 Enquanto o poente no céu se estende
 Como um paciente anestesiado sobre a mesa;
 Sigamos por certas ruas quase ermas,
 Através dos sussurrantes refúgios
 De noites indormidas em hotéis baratos,
 Ao lado de botequins onde a serragem
 Às conchas das ostras se entrelaça:
 Ruas que se alongam como um tedioso argumento
 Cujo insidioso intento
 É atrair-te a uma angustiante questão . . .
 Oh, não perguntes: "Qual?"
 Sigamos a cumprir nossa visita.
 
No saguão as mulheres vêm e vão
 A falar de Miguel Ângelo.
 
A fulva neblina que roça na vidraça suas espáduas,
 A fumaça amarela que na vidraça seu focinho esfrega
 E cuja língua resvala nas esquinas do crepúsculo,
 Pousou sobre as poças aninhadas na sarjeta,
 Deixou cair sobre seu dorso a fuligem das chaminés,
 Deslizou furtiva no terraço, um repentino salto alçou,
 E ao perceber que era uma tenra noite de outubro,
 Enrodilhou-se ao redor da casa e adormeceu.
 
E na verdade tempo haverá
 Para que ao longo das ruas flua a parda fumaça,
 Roçando suas espáduas na vidraça;
 Tempo haverá, tempo haverá
 Para moldar um rosto com que enfrentar
 Os rostos que encontrares;
 Tempo para matar e criar,
 E tempo para todos os trabalhos e os dias em que mãos
 Sobre teu prato erguem, mas depois deixam cair uma questão;
 Tempo para ti e tempo para mim,
 E tempo ainda para uma centena de indecisões,
 E uma centena de visões e revisões,
 Antes do chá com torradas.
 
No saguão as mulheres vêm e vão
 A falar de Miguel Ângelo.
 
 
 E na verdade tempo haverá
 Para dar rédeas à imaginação. "Ousarei" E . . "Ousarei?"
 Tempo para voltar e descer os degraus,
 Com uma calva entreaberta em meus cabelos
 (Dirão eles: "Como andam ralos seus cabelos!")
 - Meu fraque, meu colarinho a empinar-me com firmeza o
 queixo,
 Minha soberba e modesta gravata, mas que um singelo alfinete
 apruma
 (Dirão eles: "Mas como estão finos seus braços e pernas! ")
 - Ousarei
 Perturbar o universo?
 Em um minuto apenas há tempo
 Para decisões e revisões que um minuto revoga.
 
Pois já conheci a todos, a todos conheci
- Sei dos crepúsculos, das manhãs, das tardes,
 Medi minha vida em colherinhas de café;
 Percebo vozes que fenecem com uma agonia de outono
 Sob a música de um quarto longínquo.
 Como então me atreveria?
 
E já conheci os olhos, a todos conheci
- Os olhos que te fixam na fórmula de uma frase;
 Mas se a fórmulas me confino, gingando sobre um alfinete,
 Ou se alfinetado me sinto a colear rente à parede,
 Como então começaria eu a cuspir
 Todo o bagaço de meus dias e caminhos?
 E como iria atrever-me?
 
E já conheci também os braços, a todos conheci
- Alvos e desnudos braços ou de braceletes anelados
 (Mas à luz de uma lâmpada, lânguidos se quedam
 Com sua leve penugem castanha!)
 Será o perfume de um vestido
 Que me faz divagar tanto?
 Braços que sobre a mesa repousam, ou num xale se enredam.
 E ainda assim me atreveria?
 E como o iniciaria?
 
.......
 
Diria eu que muito caminhei sob a penumbra das vielas
 E vi a fumaça a desprender-se dos cachimbos
 De homens solitários em mangas de camisa, à janela
 debruçados?
 
Eu teria sido um par de espedaçadas garras
 A esgueirar-me pelo fundo de silentes mares.
 
.......
 
E a tarde e o crepúsculo tão .docemente adormecem!
 Por longos dedos acariciados,
 Entorpecidos . . . exangues . . . ou a fingir-se de enfermos,
 Lá no fundo estirados, aqui, ao nosso lado.
 Após o chá, os biscoitos, os sorvetes,
 Teria eu forças para enervar o instante e induzi-lo à sua crise?
 Embora já tenha chorado e jejuado, chorado e rezado,
 Embora já tenha visto minha cabeça (a calva mais cavada)
 servida numa travessa,
 Não sou profeta - mas isso pouco importa;
 Percebi quando titubeou minha grandeza,
 E vi o eterno Lacaio a reprimir o riso, tendo nas mãos meu
 sobretudo.
 Enfim, tive medo.
 
E valeria a pena, afinal,
 Após as chávenas, a geléia, o chá,
 Entre porcelanas e algumas palavras que disseste,
 Teria valido a pena
 Cortar o assunto com um sorriso,
 Comprimir todo o universo numa bola
 E arremessá-la ao vértice de uma suprema indagação,
 Dizer: "Sou Lázaro, venho de entre os mortos,
 Retorno para tudo vos contar, tudo vos contarei."
- Se alguém, ao colocar sob a cabeça um travesseiro,
 Dissesse: "Não é absolutamente isso o que quis dizer
 Não é nada disso, em absoluto."
 
E valeria a pena, afinal,
 Teria valido a pena,
 Após os poentes, as ruas e os quintais polvilhados de rocio,
 Após as novelas, as chávenas de chá, após
 O arrastar das saias no assoalho
 - Tudo isso, e tanto mais ainda? -
 Impossível exprimir exatamente o que penso!
 Mas se uma lanterna mágica projetasse
 Na tela os nervos em retalhos . . .
 Teria valido a pena,
 Se alguém, ao colocar um travesseiro ou ao tirar seu xale às
 pressas,
 E ao voltar em direção à janela, dissesse:
 "Não é absolutamente isso,
 Não é isso o que quis dizer, em absoluto."
 
Não! Não sou o Príncipe Hamlet, nem pretendi sê-lo.
 Sou um lorde assistente, o que tudo fará
 Por ver surgir algum progresso, iniciar uma ou duas cenas,
 Aconselhar o príncipe; enfim, um instrumento de fácil
 manuseio,
 Respeitoso, contente de ser útil,
 Político, prudente e meticuloso;
 Cheio de máximas e aforismos, mas algo obtuso;
 As vezes, de fato, quase ridículo
 Quase o Idiota, às vezes.
 
Envelheci . . . envelheci . . .
 Andarei com os fundilhos das calças amarrotados.
 
Repartirei ao meio meus cabelos? Ousarei comer um
 pêssego?
 Vestirei brancas calças de flanela, e pelas praias andarei.
 Ouvi cantar as sereias, umas para as outras.
 
Não creio que um dia elas cantem para mim.
 
Vi-as cavalgando rumo ao largo,
 A pentear as brancas crinas das ondas que refluem
 Quando o vento um claro-escuro abre nas águas.
 
Tardamos nas câmaras do mar
 Junto às ondinas com sua grinalda de algas rubras e castanhas
 Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos.
 
 
--- x ---
 
 
Belíssima tradução de Ivan Junqueira

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO



Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

HOJE EU VOU CAIR NA ESTRADA...


 
 
Regina Azevedo
 
Hoje eu vou cair na estrada
só com uma calcinha na bolsa
uma foto em P&B do Bukowski
e um CD que só tenha músicas maravilhosas.

verei o asfalto seguir em frente
linha branca que não se curva
nuvens trocando de lado
as cores vacilando
e você estará ao meu lado
nossos pés calçados
com sandálias de dedo.

tudo caberá como num quebra-cabeça
debaixo de uma cabana montada
à beira da estrada;
o resto não passa
da passagem.

vento bagunçando os seus cabelos
equilibristas de meio-fio
o amor nos fazendo música
nossa casa feita de lençóis
aquele nosso submundo
nosso plural tão certo quanto o horizonte.

tudo estará perfeito
uma calcinha secando no varal.

sinto algo dentro de mim
uma vida que chuta
sentimentos que afloram
como as lágrimas inundam
e olho pro lado e quem deveria estar lá
dorme
milhões de quilômetros.
 
IMAGEM: ultradownloads.com.br

segunda-feira, 17 de junho de 2013

E SE REALMENTE EU TIVESSE QUE MORRER HOJE (OFÉLIA)




Bárbara Medeiros

E se eu realmente tivesse que morrer hoje,
antes das rugas,
dos cabelos brancos,
das velas de aniversário.
E se eu tivesse que morrer hoje,
antes do amor,
dos filhos,
dos netos.
E se eu morresse hoje,
antes do diploma,
das contas,
da casa.
E se eu morresse
se, e apenas se eu morresse
quando meu corpo não mais reagisse
minhas lágrimas não mais caíssem
meus sorrisos não mais se abrissem.
Se morressem...
Ah!
Se morressem
aqueles que morrem
Mas não!
Não morrem
Ao contrário, de fato.
Assombram e arrancam pedaços
daquilo que chamamos coração
E por isso a morte dói
Assusta
Entristece
Mas quando eu morrer...

sexta-feira, 7 de junho de 2013

HOUVESSE EM NÓS MAIS CANÇÃO, MENOS TEMAS...


Ezra


 
ENVOI (1919)
 
 
Ezra Pound,
 
"Hugh Selwyn Mauberley - Vida e Contatos"
 
 
 
Vai, livro natimudo,
E diz a ela
Que um dia me cantou essa cantou essa canção de Lawes:
Houvesse em nós
Mais canção, menos temas,
Então se acabariam minhas penas,
Meus defeitos sanados em poemas
Para fazê-la eterna em minha voz.
 
Diz a ela que espalha
Tais tesouros no ar,
Sem querer nada mais além de dar
Vida ao momento,
Que eu lhe ordenaria: vivam,
Quais rosas, no âmbar mágico, a compor,
Rubribordadas de ouro, só
Uma substância e cor
Desafiando o tempo.
 
Diz a ela que vai
Com a canção nos lábios
Mas não canta a canção e ignora
Quem a fez, que talvez uma outra boca
Tão bela quanto a dela
Em novas eras há de ter aos pés
Os que a adoram agora,
Quando os nossos dois pós
Com o de Waller se deponham, mudos,
No olvido que refina a todos nós,
Até que a mutação apague tudo
Salvo a Beleza, a sós.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

CHORO E VELA

Regina Azevedo

http://reginazvdo.blogspot.com.br/
 
Levanta dessa cama, vai
Tira essa fronha molhada
o teu travesseiro está úmido
o seu rosto está vermelho.

Levanta daí, vai
Já é tão tarde
Já não temos mais tempo
nosso passado se faz presente.

Não importa o que aconteceu
Levanta daí, vai
faz de conta que foi só mais um pesadelo
nada aconteceu
Eu canto pra você dormir
e aí você vai ouvir a minha voz
e lembrar do seu pai.

Eu vou te balançar na rede
te inventar uma música
e vou desafinar
e você vai continuar molhando
o tecido da rede.

Você vai chorar na minha camiseta
vai tremer inteira sob meu peito
mas vai chorar.

Vai chorar até que tudo seque
e aí
começar de novo.

POEMINHAS POEMEUS!

 
 
Bárbara de Medeiros
 
 
1
Se te digo que te amo, por favor, acredite!
Amor não é fácil de encontrar nesses dias.
 
 
2
Sim, somos de diferentes cores, diferentes cheiros e diferentes gostos.
Mas todos somos igualmente bons.
 
 
3
E assim como as ondas vão e vêm,
eu vou,
e venho junto com elas.
Nada há que me prenda aqui.
Meu amor pelo mar me leva a extremos.
Então por favor, não tente me apaixonar:
não quero magoar ninguém,
não quero ficar.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

REGINA AZEVEDO GANHA O MENOR SLAM DO MUNDO!


O Menor Slam do Mundo


E AÍ! 

Então, hoje não é um poema. 

Hoje são poemas. 

Não entendeu a metáfora mal feita? Vou explicar: pra quem não sabe, o 'slam' é uma competição de poemas. E o Menor Slam do Mundo é, basicamente, uma competição de poemas curtos. 

 




Foto: Sarah Wollermann

 

Organizada pelo artista Daniel Minchoni, o Menor Slam vem devastando multidões. 

E como acontece esse campeonato? Você leva, na manga, no mínimo, 3 poemas de 10 segundos. À medida  que você vai declamando seus versos, um júri (formado por algumas pessoas da plateia) dá suas notas - as menores notas do mundo, também: de 0.0 a 6.6 - e, dependendo da sua pontuação, você vai avançando de ''nível'' até ser nada mais nada menos que um campeinho.

E aí, na hora em que é anunciado o campeinho da noite, a plateia, em uníssono, grita o tão esperado: É CAMPEINHO (x1000). E aí o poeta sorri e fica feliz. 

E o que o campeinho ganha? O cinturinho de campeinho, é claro.

 



É nessa hora que eu dou uma ''rabissaca'' e digo: ''É MEEUU!!''

 

O Menor sempre acontece lá em São Paulo, mas ontem (14/05/2013), veio, em sua primeira edição, pra Natal. O evento aconteceu dentro da Ação Leitura da editora Jovens Escribas, e foi muuuito bom. 

 



Cascudinho, meu amor.

 

Eu fui lá conferir, é claro, e até competi. Tanto competi e tanto sorri que até ganhei.

 

 



Na foto: Ruy Rocha, Carlos Fialho e Regina Azevedo (sim, sou eu!)

 

Como se Minchoni já não achasse o bastante essa história de ler um poema em 10 segundos, ontem tivemos rounds, também, de 3 e de 1 segundo. 

Eu ganhei. 

Mas isso é o de menos - digo, menor -, já que, com o de 1 segundo eu ganhei falando sobre um edifício. Literalmente. 

E como se não bastasse, também, o aperreio de competir nessas três categorias, depois que eu recebi toda a minha premiação (falarei disso depois), qualquer pessoa podia, simplesmente, desafiar a minha honra e me deixar ir parara casa chorando, definhando lentamente, derramando lágrimas pelas calçadas alagadas e escorregadias da Ribeira, etc etc etc.

E você está pensando MESMO que ninguém me desafiou? Pois desafiou. E duas pessoas, logo. Dois poetas digníssimos. Primeiro, eles disputaram entre eles, e quem ganhou disputou comigo.

Como funciona esse desafio?! Você ''tira'' uma letra e tem que começar E TERMINAR um poema com aquilo. Detalhe: 10 segundos. Na hora. Sem nem um segundo pra pensar, porque a ampulheta (digo, o deus Cronos) está correndo. 

E, no final das contas, eu perdi a minha honra. Segurei durante três rodadas, mas, quando me veio um ''V'', eu, abestalhada e feliz que estava, comecei com ''essa vida''. Ou seja. 

Minchoni tirando onda: ''Vessa Vida'', haha. 

Mas, como eu já havia ganho e tudo o mais, vim pra casa com uma camiseta da Ação Leitura, 12 livros (editora DoBurro e Jovens Escribas) e o meu tão merecido cinturinho. 

Enfim, gente, é MUITO legal. 

Estamos com projetos para trazê-lo pra Natal, então torçam :)

Deixo, abaixo, algumas fotos e algumas informações. 

REGRAS: 

1) Um poema (ou texto) por vez, devendo ser de autoria do poeta (podem ser lidos)
2) Sem acessórios, sem figurino, sem acompanhamento musical.
3) Os poemas devem ter no máximo 10 segundos, com mais 1 segundo de bônus. Após esse tempo a cada 1 segundo excedidos 0,5 ponto é descontado.