segunda-feira, 27 de maio de 2013

PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO PARAYBA!

 

PROGRAMAÇÃO CARIRI CANGAÇO PARAYBA
Sousa e Nazarezinho

Sousa – PB
15 de junho de 2013 - Sábado
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste
14:00h – Cerimônia de Abertura



14:20h - Mesa Redonda
Tema: Homem, terra, religiosidade, sertão e cangaço:
A construção histórica da figura do cangaceiro.
Coordenador da Mesa: César Nóbrega – Sousa/PB
Debatedores:
Lemuel Rodrigues – Mossoró/RN
Múcio Procópio – Natal/RN
Honório de Medeiros – Natal/RN



16:00h - Exibição do documentário:
“A violência oficializada no tempo do cangaço”
(Produção da Laser Filmes)
Debatedores: Aderbal Nogueira – Fortaleza/CE
Juliana Ischiara – Quixadá/CE



19:00h – Mesa Redonda
Tema: O cangaço na Parahyba
Coordenador da Mesa: Manoel Severo – Fortaleza/CE
Debatedores: Ângelo Osmiro – Fortaleza/CE
Bismark Martins – Campina Grande/PB
Wescley Rodrigues – Cajazeiras/PB


Nazarezinho - PB
16 de junho de 2013 - Domingo.
07:30h – Visita Técnica
A casa do Jacu e a casa de seu Abdias Pereira

08:30h – Cerimônia de Abertura
Local: Centro Social
09:00h – Exibição do documentário:
“Na cabeça do povo”
Produção: Helena Maria Pereira



09:30h – Mesa de Debate
Tema: O cangaço como caracterizador da cultura sertaneja e a importância da cultura material como elemento formador da
identidade de um povo.
-A memória do cangaceiro Chico Pereira
Debatedores: João de Sousa Lima – Paulo Afonso/BA
Paulo Gastão – Mossoró/RN

Exposição do Cangaço

...E em setembro:
Cariri Cangaço 2013
Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha
Barro, Aurora e Porteiras

O VIÉS DOS JUÍZES PELOS POBRES É LENDA, DISSE ELIO GASPARI EM 2007


Elio Gaspari
 
 
ELIO GASPARI

03/02/2007 13:43


Dois advogados da Universidade de São Paulo deram um tiro na testa da teoria segundo a qual o Judiciário está entre os produtores de uma "incerteza jurisdicional" que favorece o andar de baixo, inibe o crédito e o funcionamento do capitalismo em Pindorama. A trava foi apontada em 2004 num trabalho de três marqueses das ekipekonômicas: Pérsio Arida, Edmar Bacha e André Lara Resende, todos com carreiras de sucesso na academia e na banca. A "incerteza jurisdicional" derivaria, entre outros fatores, de um viés dos juízes, que buscam promover a justiça social em litígios relacionados com o crédito e o respeito aos contratos.

A teoria se amparou numa pesquisa feita junto à elite nacional. Dirigida por Bolívar Lamounier, ela mostrou que 61% dos juízes entrevistados preferiam decidir a favor dos fracos. Outra, específica, de Armando Castellar, com um universo de 741 magistrados, confirmou o achado: a defesa da justiça social deve prevalecer na defesa do consumidor (55,4%) e nos contratos trabalhistas (45,8%).

Lamounier e Castellar retrataram o que os juízes gostariam de fazer (ou gostariam que se dissesse que fazem).

Ivan César Ribeiro e Brisa Lopes de Mello Ferrão, da Universidade de São Paulo, testaram a premissa da tese e foram ver o que acontece na vida real. Estudaram amostras de 181 decisões judiciais de São Paulo e outras 84 de 16 estados. Lidaram com cálculos arcanos, como modelos de regressão e de análise binária, vulgo Probit. (Noves fora José Luís Bulhões Pedreira, morto em outubro, advogado que sabe matemática e raro como o selo Olho de Boi.)

As pesquisas geraram dois trabalhos, um assinado pelos dois e outro, mais extenso, de Ribeiro. Resultou que se dois litigantes buscam a proteção de uma mesma lei, aquele que está no andar de cima tem até 45% mais chances de sair vitorioso. Se o contrato favorece o forte, tende a prevalecer. Quando favorece o fraco, esgarça.

Ribeiro, que teve o seu trabalho premiado pelo IPEA, foi mais longe: quando uma das partes pertence ao andar de cima local, tem entre 26% e 38% mais chances de prevalecer do que um grande grupo nacional ou internacional. Ele chamou esse fenômeno de "subversão paroquial da justiça". Numa terceira constatação, mostrou que, quanto maior a desigualdade social numa região, maior é o conforto do poderoso. A chance de um cidadão de Santa Catarina conseguir a proteção de uma cláusula contratual num litígio com o andar de cima é três vezes maior que a de um alagoano. Em bom português: "Não existe o favorecimento da parte mais fraca, ou seja, não há nenhuma evidência da aplicabilidade da hipótese da incerteza jurisdicional de Arida".

Em São Paulo, o Código de Defesa do Consumidor não protegeu uma cidadã contra um banco no caso de um contrato de financiamento de veículo. Já no Maranhão, o mesmo Código amparou uma empresa local que não pagou uma dívida de US$ 2,3 milhões. A outra parte era forte, mas na Suíça.

Descrita desse jeito, a pesquisa pode parecer uma pretensiosa transformação do pesquisador em instância de revisão judicial. O valor do trabalho está nos cálculos nos quais se ampara, calafetando desvios da amostra, testando hipóteses e resultados.

No que se refere ao Judiciário, quem inibe o progresso econômico e social não é uma incerteza jurisdicional resultante de um favorecimento do andar de baixo. É a velha e boa "subversão paroquial" que privilegia o andar de cima do mundinho onde corre o litígio.

Serviço: os dois trabalhos estão na internet e são contra-indicados como leitura de fim de semana.

* Os juízes brasileiros favorecem a parte mais fraca? (Brisa Lopez de Mello Ferrão e Ivan César Ribeiro): http://repositories.cdlib.org/bple/alacde/26

* Robin Hood versus King John: como os juízes locais decidem casos no Brasil? (Ivan César Ribeiro): http://getinternet.ipea.gov.br/ipeacaixa/premio2006/docs/trabpremiados/IpeaCaixa2006_Profissional_01lugar_tema01.pdf (A versão em inglês dá menos trabalho. Basta passar no google "Ivan Ribeiro Robin Hood")

 * Imagem da informedf.com.br

domingo, 26 de maio de 2013

CARNE MOÍDA

Regina Azevedo
 
 
Regina Azevedo
 
 
meus pedaços de pele estão no varal
da sua casa.

você me comeu
três vezes
ontem à noite;
e esqueceu de me avisar.

não tenha tanta vergonha,
se achegue.

que o primeiro se atire
se nunca comeu
um coração.
 
LEIA MAIS, DA ESCRITORA, EM:
reginazvdo.blogspot.com

ESPERANDO




Bárbara de Medeiros



Metade da nossa vida é perdida esperando. Esperando por pessoas, por acontecimentos, pela hora certa para ir atrás do que queremos. Esperando. Muitas vezes esperando pelo momento certo para esperar (eu sei, é confuso), mas é a vida. Não tenho como reclamar.

                            E agora aqui estou. Esperando por você. Ou melhor, simplesmente esperando. Por que a verdade é, eu não tenho mais o que esperar. As cartas já estão na mesa. O jogo acabou. Mas eu continuo encarando cega o rei de espada que você descartou. E lentamente, uma lágrima cai do meu rosto. Molha a mesa de madeira e eu pisco duas vezes, focando meu olhar em um ponto além da sua face de ferro.

                            Dois podem jogar esse jogo.

                            Lentamente, um sorriso abre-se em meu rosto. Um sorriso inocente, mas ele te desarma. E eu rio. Levanto-me, saio. Subo as escadas e olho pra você uma última vez, de cima.

O show deve continuar.


LEIA MAIS, DA ESCRITORA, EM:

barbarademedeiros.blogspot.com

maniadecritica.blogspot.com
 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

PORQUE LAMPIÃO INVADIU MOSSORÓ?


Memorial da Resistência, em Mossoró, Rn
 
 
Honório de Medeiros
 
 
Saberia Lampião que sua incursão ao Rio Grande do Norte, Estado onde nunca estivera, onde iria percorrer região plana, descampada, larga e extensa, sem elevações importantes desde Luis Gomes até Mossoró, tirante a Serra do Martins, à margem do percurso, feita com barulho, saques, depredações, tiros, mortes, contrariando toda sua experiência anterior de cangaceiro vitorioso nos embates com a Polícia, contaria com a omissão do Governo do Rio Grande do Norte em combatê-lo?
 
LEIA ESSA E OUTRAS QUESTÕES ACERCA DA INVASÃO DE MOSSORÓ POR LAMPIÃO EM "PORQUE LAMPIÃO INVADIU MOSSORÓ?", A SER LANÇADO EM SETEMBRO, NO CEARÁ
 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

QUANTO À FORMA DAS COISAS...


 
 
 
 
Honório de Medeiros
 
 
A FORMA DO CONTEÚDO NÃO É O CONTEÚDO DA FORMA?
 
 
 
Arte em lerdb.blogspot.com

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CASCUDO SEMPRE!



Honório de Medeiros


Mais uma vez releio "Na Ronda do Tempo", do mestre Cascudo. E mais uma vez me deixo encantar, fico seduzido pelo seu talento de escritor.
 
Gosto de ler esses seus livros memorialísticos, tal qual "Ontem" e "Pequeno Manual do Doente Aprendiz", assim como suas crônicas e perfis, lentamente, saboreando as palavras, a construção das frases, o bordado do texto que se delineia ante nossos olhos para o deleite da razão e nos vai conduzindo com suavidade até seu desfecho, quando, ávidos, passamos adiante em busca da continuidade desse momento ímpar que somente é conhecido por quem se entregou, desde há muito, de corpo e alma, ao prazer da leitura.
 
Cascudo é inquestionável quanto ao conjunto da obra. Denso, complexo, eterno, se tivesse nascido na Europa ou nos Estados Unidos seria cultuado. Neste "Brasil" que segundo suas próprias palavras em "Na Ronda do Tempo", "regiamente recompensa aqueles que não servem e se servem dele, condescendendo em ser vaca de leite para malandros escorregadios, atingindo todas as alturas, rastejando e babando", seu merecimento, o respeito que se tem por sua produção, é episódico e fragmentado. Resiste bravamente pelo denodo de alguns enquanto ele, Cascudo, o pensador, o polímata, em sua própria Região, o Nordeste, se transformou em personagem folclórico. "Vá ler em Cascudo, ignorante", dizem. Ironia do destino...
 
Já em 1969, no "Ronda do Tempo", fino observador do que se lhe passa em seu entorno, e à Montaigne, um dos seus prazeres literários sempre renovados, observa: "Para mim, compra-se infinitamente maior quantidade de livros, mas a leitura é muito inferior e rara." E continua, cáustico: "Desapareceram aqueles embaixadores da Cultura Axilar, na classificação de Agripino Grieco, passeando com o volume debaixo do braço. Deduzo esse resultado no contato de amigos e audição de palestras intelectuais sobre autores. Dá-me a impressão de viagem aérea. Não há pormenor, figuras, episódios, boiando na memória. Há visão de conjunto, síntese, resumos impressionistas, marchas, flashes. A opinião virou parecer técnico. A maior massa adquiriu para ter o volume que a voga apregoou e é um decesso ignorá-lo, como a um recanto pitoresco ou Night Club consagrado pelos cronistas da Vanity Fair. As alusões e conclusões ao autor são sempre vagas e genéricas. E essa minoria que lê pertence aos concorrentes reais ou em potencial. Já não existe aquela memória fiel às preferências literárias, recitando trechos e lembrando frases felizes. O restante olha sem ver. Muito Best-sellerdormindo nas cestas dos “saldos”."
 

Impressionante. O olhar do sábio reconstrói, no presente, com a messe do passado, aquilo que será o futuro.
 
A simplicidade com a qual escreve é algo invejável, quiçá inatingível. Com uma frase expõe um espaço significativo da realidade. E o faz rendendo homenagens, sempre, à beleza do estilo, como nessa frase, colhida do seu livro já citado, por meio da qual critica a excessiva produção líterária daquele tempo (imaginemos o que diria hoje!): "Passeio furtivo pelas livrarias. Montanhas de livros. Dá-me o remorso de ser cúmplice."
 
O quê mais poderia ambicionar um leitor contumaz ao ler um livro, a não ser se deparar com uma frase como essa?
 

Cascudo sempre!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O DIREITO É FALSAMENTE TRANSPARENTE


 
 
Honório de Medeiros
 
 
O Direito é falsamente transparente.

 

E o é porque os juristas têm uma atitude ante o Direito de afirmar que conhecê-lo, no sentido científico, é apreendê-lo a partir da experiência que dele possamos ter em Sociedade.

 

Esta valoração da experiência implica em uma atitude pré-científica denominada “Realismo Ingênuo”, condizente com a “filosofia da identidade” de Hegel, na qual o Real = Razão, a partir da qual se permite asseverar que tudo quanto for razoável deve ser real e tudo quanto é real deve ser razoável.

 

Uma das conseqüências mais danosas da “filosofia da identidade” de Hegel é o suporte filosófico dado ao denominado “Realismo Político”, do qual são useiros e vezeiros, embora não o assumam, os Estados imperialistas.

 

O “Realismo Ingênuo” é um terrível e complexo obstáculo epistemológico ao conhecimento, porque encontra respaldo retórico no senso comum. Basta lembrar o episódio da condenação de Galilei pela Igreja contrariada com a contestação ao fato, aparentemente incontroverso, de que o Sol girava em torno da Terra, e não o contrário, como o demonstrava a Ciência.

 

A raiz subterrânea de nosso sofrimento social é a ignorância da qual faz uso, em proveito próprio, consciente ou inconscientemente, os predadores sociais.
 
 
ARTE: youpix.com.br  

REGINA AZEVEDO GANHA O MENOR SLAM DO MUNDO!


O Menor Slam do Mundo


E AÍ! 

Então, hoje não é um poema. 

Hoje são poemas. 

Não entendeu a metáfora mal feita? Vou explicar: pra quem não sabe, o 'slam' é uma competição de poemas. E o Menor Slam do Mundo é, basicamente, uma competição de poemas curtos. 

 




Foto: Sarah Wollermann

 

Organizada pelo artista Daniel Minchoni, o Menor Slam vem devastando multidões. 

E como acontece esse campeonato? Você leva, na manga, no mínimo, 3 poemas de 10 segundos. À medida  que você vai declamando seus versos, um júri (formado por algumas pessoas da plateia) dá suas notas - as menores notas do mundo, também: de 0.0 a 6.6 - e, dependendo da sua pontuação, você vai avançando de ''nível'' até ser nada mais nada menos que um campeinho.

E aí, na hora em que é anunciado o campeinho da noite, a plateia, em uníssono, grita o tão esperado: É CAMPEINHO (x1000). E aí o poeta sorri e fica feliz. 

E o que o campeinho ganha? O cinturinho de campeinho, é claro.

 



É nessa hora que eu dou uma ''rabissaca'' e digo: ''É MEEUU!!''

 

O Menor sempre acontece lá em São Paulo, mas ontem (14/05/2013), veio, em sua primeira edição, pra Natal. O evento aconteceu dentro da Ação Leitura da editora Jovens Escribas, e foi muuuito bom. 

 



Cascudinho, meu amor.

 

Eu fui lá conferir, é claro, e até competi. Tanto competi e tanto sorri que até ganhei.

 

 



Na foto: Ruy Rocha, Carlos Fialho e Regina Azevedo (sim, sou eu!)

 

Como se Minchoni já não achasse o bastante essa história de ler um poema em 10 segundos, ontem tivemos rounds, também, de 3 e de 1 segundo. 

Eu ganhei. 

Mas isso é o de menos - digo, menor -, já que, com o de 1 segundo eu ganhei falando sobre um edifício. Literalmente. 

E como se não bastasse, também, o aperreio de competir nessas três categorias, depois que eu recebi toda a minha premiação (falarei disso depois), qualquer pessoa podia, simplesmente, desafiar a minha honra e me deixar ir parara casa chorando, definhando lentamente, derramando lágrimas pelas calçadas alagadas e escorregadias da Ribeira, etc etc etc.

E você está pensando MESMO que ninguém me desafiou? Pois desafiou. E duas pessoas, logo. Dois poetas digníssimos. Primeiro, eles disputaram entre eles, e quem ganhou disputou comigo.

Como funciona esse desafio?! Você ''tira'' uma letra e tem que começar E TERMINAR um poema com aquilo. Detalhe: 10 segundos. Na hora. Sem nem um segundo pra pensar, porque a ampulheta (digo, o deus Cronos) está correndo. 

E, no final das contas, eu perdi a minha honra. Segurei durante três rodadas, mas, quando me veio um ''V'', eu, abestalhada e feliz que estava, comecei com ''essa vida''. Ou seja. 

Minchoni tirando onda: ''Vessa Vida'', haha. 

Mas, como eu já havia ganho e tudo o mais, vim pra casa com uma camiseta da Ação Leitura, 12 livros (editora DoBurro e Jovens Escribas) e o meu tão merecido cinturinho. 

Enfim, gente, é MUITO legal. 

Estamos com projetos para trazê-lo pra Natal, então torçam :)

Deixo, abaixo, algumas fotos e algumas informações. 

REGRAS: 

1) Um poema (ou texto) por vez, devendo ser de autoria do poeta (podem ser lidos)
2) Sem acessórios, sem figurino, sem acompanhamento musical.
3) Os poemas devem ter no máximo 10 segundos, com mais 1 segundo de bônus. Após esse tempo a cada 1 segundo excedidos 0,5 ponto é descontado.

terça-feira, 14 de maio de 2013

MANOEL SEVERO CONVIDA PARA AVANT-PREMIÈRE DO CARIRI CANGAÇO

Manoel Severo, antes de Franklin Jorge e Honório de Medeiros
 
 

Bilhete de Manoel Severo, grande Curador do Cariri Cangaço:
 
 
"Queridos amigos, se aproxima a grande Avant Première do Cariri Cangaço em nossa acolhedora Lavras da Mangabeira, neste próximo final de semana, dias 18 e 19 de Maio, e seria uma grande honra tê-los ao nosso lado.
Enquanto isso saiba das novidades e veja o Programa Especial do Cariri Cangaço 2013, exibido pelo FGFTV, Tv Assembléia, TV Câmara e TV Ceará, clicando no link abaixo:
Sejam bem vindo ao universo do Cariri Cangaço 2013 !

VICENTE VITORIANO EXPÕE NA FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

Vicente Vitoriano
 
 
Bilhete de Vicente Vitoriano:
 
"Nesta quinta, 16, abro na galeria Newton Navarro (Fundação José Augusto) a exposição "convivas de Vicente Vitoriano", com obras de vários artistas do meu acervo e algumas minhas. Venha!"

RUBINHO LIMA LANÇA LIVROS








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segunda-feira, 13 de maio de 2013

DE QUANDO A FORMA DO CONTEÚDO É TÃO CONTEÚDO QUANTO FORMA


 
Resistência, perseverança, paciência...
hitsujikarate.wordpress.com
"MA, chamavam os japoneses. A capacidade de desfrutar da companhia de amigos e amados em silêncio. O talento para dominar as pausas e os períodos de silêncio que ocorrem em uma conversa, quando não se ousa dizer o que se sente verdadeiramente. Às vêzes 'MA' é mera educação. Ou uma proteção, uma fachada de calma externa e auto-controle. Pode ser chamado de ritmo, um domínio de ritmos não-expressos" ("Giri", Marc Olden).

PEQUENA RESPOSTA A UM CRÍTICO DO TEMA CANGAÇO

O Grande Inquisidor, Dostoiévsky




Honório de Medeiros


Carlos Santos houve por bem transcrever, em seu blog (http://blogcarlossantos.com.br/a-construcao-historica-da-figura-do-cangaceiro/#comments) um texto produzido por mim e publicado em meu blog acerca de um tema que abordarei em uma mesa-redonda em Sousa, na Paraíba.

Nos COMENTÁRIOS, me deparei com o seguinte comentário: “Em pleno século 21 ainda se fala de um coisa tão irrelevante e inexpressiva! Tantos assuntos importantes a serem questionados. Esse tipo de assunto é para ser apagado da história diante a sua insignificância.”

Dado a agressividade e o preconceito do comentário, resolvi responder ao comentador, mesmo não o conhecendo. Eis a resposta:

Caro XXX:

Lamento não conhecê-lo: quem sabe pudéssemos tomar um café e eu lhe ouvir acerca de quais assuntos são realmente importantes e merecedores de serem questionados.

Quem sabe, assim, eu não cometesse o deslize de me apaixonar por temas de nossa história próxima e umbilical, como o cangaço, que nos permitem pensar acerca das estruturas de poder que acompanham o homem desde seus primeiros passos na terra.

É provável que se você me desse a palavra, eu nada lhe dissesse de importante, pois além de cangaço gosto de poesia, especialmente a de Mário Quintana, tão permeada da banalidade (ou não) do cotidiano. E também gosto de conversar acerca de “óvnis”, já pensou?

Ah! Dentre os assuntos que converso quando estou reunido com meus poucos e queridos amigos, está nosso (meu e deles) passado comum, nitidamente um assunto pouco importante para os outros, muito embora seja a medula da literatura que batizamos de crônicas.

Mas temo não ser um bom interlocutor para você: ao contrário do que muitos pensam, tudo que é humano me interessa, parodiando Terêncio, desde cangaço à literatura de cordel.

Sendo assim, caro XXX, é melhor deixarmos esse hipotético café para nunca.

Honório de Medeiros

LIBERDADE



Bárbara de Medeiros

 

O que eu quero é liberdade. 

Mas não essa coisa comercial e pré-pronta que você me apresenta, dia após dia, de mão beijada. 

Eu quero liberdade. A verdadeira. Aquela que Mandela quis antes de mim. Aquela que foi tirada de Galilei. Aquela que Lispector não sabia descrever.

Porque é tudo muito simples, é tudo muito fácil. Você chega, faz cafuné, e em dois segundos o que era presente vira passado e eu não sei mais onde nós estamos.

Não sei se já estávamos aqui e eu apenas ignorei. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FIGURA DO CANGACEIRO

 
 
Honório de Medeiros
 
 
Dia 15 DE JUNHO estarei em Sousa, Paraíba, participando de uma Mesa-Redonda (que não será mesa, tampouco redonda) acerca do seguinte tema: HOMEM, TERRA, RELIGIOSIDADE, SERTÃO E CANGAÇO: A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FIGURA DO CANGACEIRO.
 
O evento começará às 14h20m e acontecerá no CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE.
 
Os outros debatedores serão Lemuel Rodrigues e Múcio Procópio, enquanto a coordenação caberá a César Nóbrega.
 
Quanto ao tema, penso que a construção histórica da figura do cangaceiro, a partir do homem, da terra, da religiosidade, do Sertão e do cangaço, passa por um obstáculo de natureza metodológica sempre tangenciada pelos pesquisadores que se debruçam sobre o tema: como utilizar o método científico para construir e criticar as hipóteses possíveis acerca do objeto a ser conhecido, do ponto de vista prático.
 
Esse obstáculo é um dos fatores preponderantes para não termos superado, ainda, com raras e honrosas exceções, no universo da produção literária acerca do cangaço, a narrativa.
 
Como ainda não houve essa superação, a literatura acerca do cangaço ainda não tomou expressivamente o rumo da interpretação e contribui, de forma significativa, para sua folclorização, no sentido negativo do termo, e, também, para um certo "olhar de esguelha" que lhe é dirigido pela Academia.
 
Obviamente cada interpretação é sempre uma proposta que se alicerça no raciocínio dedutivo. Isso pressupõe uma base de conhecimento, de caráter ingênuo ou crítico, que antecede a construção da hipótese a ser construída ou investigada.
 
Entretanto é possível trabalhar, como ponto-de-partida, com o postulado básico de quê podemos não conseguir dizer o que algo é; mas com certeza podemos dizer o que esse algo não é, evitando as areias movediças das discussões bizantinas de caráter epistemológico.

* Arte da ARTEROCHA.BLOGSPOT.COM